No início de 2025, o varejo brasileiro registrou uma queda na confiança, segundo dados divulgados pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) nesta terça-feira (28). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 1,1% em janeiro, atingindo 109 pontos. Em relação ao mesmo período de 2024, a redução foi de 0,1%, evidenciando um menor otimismo no setor.
Por que houve queda da confiança do varejo?
A CNC atribui essa queda de confiança do varejo a desafios econômicos enfrentados pelo país, como o peso das despesas típicas do início do ano. Isso inclui IPTU, IPVA e custos escolares. Além disso, o cenário econômico instável tem levado os empresários a adotar uma postura mais cautelosa.
A análise da confederação mostra que a percepção dos varejistas sobre as condições atuais e futuras do mercado teve uma queda de 1,7% em ambos os indicadores. No entanto, as intenções de investimento apresentaram um leve crescimento de 0,2%, demonstrando um esforço do setor para manter a competitividade.
“O aumento dos custos representa um obstáculo, mas o avanço nos investimentos reflete o compromisso do varejo em superar as dificuldades”, afirmou José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, sobre a confiança do varejo.
Preocupações do empresários
Para Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, fatores como juros elevados, carga tributária alta, aumento do gasto público e valorização do dólar estão entre as principais preocupações dos empresários (confiança do varejo). Ele recomenda que os comerciantes adotem estratégias como promoções e um controle mais eficiente dos estoques para enfrentar esse momento desafiador.
“É fundamental que o varejo se adapte e busque soluções inteligentes para lidar com o atual cenário econômico”, concluiu Tavares sobre a confiança do varejo.