A aeronave envolvida no acidente na Barra Funda, em São Paulo, era um King Air F90, de prefixo PS-FEM. O avião pertencia à empresa Máxima Inteligência Operações e Empreendimentos, conforme registro na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Segundo o órgão, a aeronave era de uso exclusivo privado e não tinha autorização para operação como táxi aéreo.
Características do King Air F90
Fabricado pela Beechcraft, o King Air F90 é um bimotor turboélice de médio porte, projetado para viagens executivas. O modelo foi lançado na década de 1970 e se destacou pela fuselagem reforçada, cabine pressurizada e alta performance.
Especificações técnicas:
- Fabricante: Beechcraft
- Ano de fabricação: 1981
- Máximo de ocupantes: 11 (dependendo da configuração interna)
- Velocidade de cruzeiro: 578 km/h
- Alcance máximo: 3.345 km
- Altitude máxima de operação: 35.000 pés (10.668 m)
- Peso máximo de decolagem: 4.967 kg
- Categoria de registro: Privada – Serviço Aéreo Privado
Os preços de uma aeronave King Air F90 variam entre R$ 3,5 milhões e R$ 40 milhões, dependendo do ano de fabricação e das condições do avião.
Propriedade e histórico da aeronave
O avião de matrícula PS-FEM foi adquirido em 11 de dezembro de 2024 pela Máxima Inteligência Operações e Empreendimentos LTDA, empresa sediada na Rua Taquary, 97, bairro Cristal, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Os sócios administradores da empresa são Márcio Louzada Carpena e Maria da Graça Paz Louzada. A companhia atua em diversas áreas, incluindo consultoria em gestão empresarial, intermediação de negócios, gestão de ativos intangíveis, compra e venda de imóveis e aluguel de imóveis próprios.
A aeronave havia sido comprada há cerca de três meses e estava em situação normal de aeronavegabilidade, segundo a ANAC. Seu certificado de validade (CVA) era válido até 9 de dezembro de 2025.

Restrição para Táxi Aéreo
Apesar de ser um avião executivo, o King Air F90 de prefixo PS-FEM não tinha autorização para realizar voos comerciais ou fretamento de passageiros, pois sua certificação na ANAC indicava uso exclusivamente privado. A falta de permissão para táxi aéreo levanta questionamentos sobre a finalidade do voo realizado na manhã do acidente.
As investigações continuam para esclarecer os detalhes do ocorrido e se a aeronave estava sendo utilizada dentro das normas estabelecidas pelas autoridades aeronáuticas.
Confira os dados do registro da aeronave na ANAC AQUI.