A produção de hidrogênio verde (H₂V) no Nordeste brasileiro tem atraído investimentos e despertado o interesse global. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), industrial Ricardo Cavalcante, disse em entrevista ao jornal francês Le Monde que a capacitação para H₂V no Nordeste é essencial. Além disso, o objetivo é formar pelo menos 10 mil profissionais para atuar nesse setor, garantindo o crescimento sustentável da indústria.
Investimentos em infraestrutura e capacitação para H₂V no Nordeste
A capacitação para H₂V no Nordeste se torna ainda mais importante diante do crescimento acelerado do setor. O Nordeste tem boas condições naturais para produzir hidrogênio verde, o que impulsiona a economia local. Segundo Maximiliano Quintino, presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), uma área de 1.900 hectares será usada para indústrias de baixo carbono. Nesse espaço, serão produzidos aço verde, fertilizantes e combustíveis sintéticos, ajudando na sustentabilidade. Por isso, a região tem atraído cada vez mais investimentos e demanda por mão de obra qualificada, reforçando a necessidade de capacitação técnica.
Além disso, Luis Viga, executivo da Fortescue Brasil, afirmou que incentivos fiscais e segurança jurídica dados pelo governo favorecem o crescimento dos projetos no setor de hidrogênio verde. Dessa forma, as empresas se sentem mais confiantes para expandir suas operações na região. No entanto, para que esse crescimento se sustente, a capacitação para H₂V no Nordeste precisa ser ampliada, garantindo profissionais preparados para atuar na cadeia produtiva.
Nordeste lidera investimentos em H₂V
O Ceará lidera os investimentos em hidrogênio verde no Brasil, com quase 60% dos projetos. No estado, os investimentos já passam de R$ 120 bilhões, seguido pelo Piauí (R$ 20,4 bilhões), Pernambuco (R$ 19,6 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 16,5 bilhões). No total, o Brasil tem 23 projetos avaliados, somando quase R$ 200 bilhões. Portanto, a região Nordeste tem um papel estratégico no desenvolvimento desse setor. Para garantir que esses investimentos sejam bem aproveitados, a capacitação para H₂V no Nordeste continua sendo um fator decisivo para a formação de profissionais especializados e o Sistema Fiec tem liderado a pauta no Ceará.
Potencial de energia limpa e qualificação no Nordeste
O Ceará pode produzir mais de 33.400 toneladas de hidrogênio verde por dia. Essa produção pode ser usada para gerar energia renovável, com potencial de 900 GW/mês. Esse volume seria suficiente para abastecer todo o Brasil mais de quatro vezes. Além disso, a crescente demanda por energia limpa fortalece a importância do Nordeste nesse cenário. No entanto, para que essa produção seja eficiente, a capacitação para H₂V no Nordeste deve ser uma prioridade, permitindo que o setor conte com profissionais bem treinados para lidar com essa tecnologia inovadora.
O crescimento do setor de hidrogênio verde no Nordeste fortalece a economia e cria novas oportunidades de emprego. Além disso, ajuda no desenvolvimento sustentável da região, reforçando a importância da capacitação para H₂V no Nordeste como um dos pilares para o futuro da indústria energética.
Confira a entrevista na íntegra ao Le Monde AQUI!