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Boletim Focus dispara alerta: inflação sobe e preocupa o mercado

O Boletim Focus indica alta na inflação e manutenção de juros elevados, impactando consumo e crescimento. Confira as projeções do mercado.
O Boletim Focus aponta inflação em alta e impacto nos juros. Veja as projeções e como isso pode afetar a economia brasileira.
Banco Central do Brasil (Imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Os analistas do mercado financeiro elevaram novamente as previsões de inflação para este ano e para 2026. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta segunda-feira (24), mostrou um cenário de aumento contínuo nos preços, gerando preocupações sobre o controle da inflação e seus impactos na economia.

A projeção da inflação para 2025 subiu de 5,60% para 5,65%, registrando a 19ª alta consecutiva. Para 2026, o avanço foi de 4,35% para 4,40%, no nono aumento seguido. Já para 2027, a estimativa permaneceu em 4%, enquanto para 2028 houve uma leve redução, de 3,80% para 3,79%.

Boletim Focus: O Banco Central do Brasil conseguirá conter a inflação?

A partir de 2025, o Brasil adotará um sistema de meta contínua de inflação, com um objetivo central de 3% e uma faixa de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Para cumprir essa meta, o BC ajusta a taxa de juros de olho no impacto que essas decisões terão ao longo dos meses seguintes. O efeito das mudanças na taxa Selic pode levar de seis a 18 meses para ser sentido na economia.

Atualmente, o Banco Central do Brasil já monitora as expectativas para meados de 2026. Caso a inflação fique fora do intervalo permitido por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida. Quando isso ocorre, o BC deve justificar publicamente os motivos em uma carta enviada ao Ministério da Fazenda.

Em janeiro, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, já precisou encaminhar uma dessas cartas ao ministro Fernando Haddad, atribuindo o descumprimento da meta de 2024 a fatores como crescimento da economia, desvalorização do real e eventos climáticos extremos.

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Inflação alta pesa no orçamento das famílias

A elevação dos preços afeta diretamente o poder de compra da população, especialmente daqueles com salários mais baixos. Quando a inflação avança, os preços dos produtos e serviços aumentam sem que a renda acompanhe essa alta, dificultando o consumo e elevando o custo de vida.

Para controlar essa escalada, o Banco Central do Brasil mantém os juros elevados, uma estratégia que, por outro lado, encarece o crédito e pode desacelerar o crescimento econômico.

Os juros continuarão altos?

Apesar do cenário inflacionário, segundo o Boletim Focus, o mercado financeiro manteve as projeções para a taxa básica de juros inalteradas. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, após quatro elevações consecutivas. O BC já sinalizou que pode aumentar a taxa novamente em março.

As expectativas do mercado para os próximos anos são:

  • 2025: 15% ao ano
  • 2026: 12,50% ao ano
  • 2027: 10,50% ao ano

A manutenção de juros elevados encarece o crédito, o que pode inibir o consumo e os investimentos, reduzindo o ritmo da economia.

O crescimento econômico do Brasil no Boletim Focus?

O Produto Interno Bruto (PIB), que mede o desempenho da economia, deve crescer 2,01% em 2025, segundo as projeções do mercado financeiro. Segundo o Boletim Focus, para 2026, a estimativa de crescimento segue em 1,70%.

Outras previsões incluem:

  • Dólar: a cotação esperada para o fim de 2025 caiu de R$ 6 para R$ 5,99. Para 2026, segue em R$ 6.
  • Balança comercial: o superávit previsto para 2025 aumentou para US$ 76,7 bilhões, enquanto a expectativa para 2026 subiu para US$ 78,6 bilhões.
  • Investimentos estrangeiros: a entrada de capital estrangeiro no Brasil deve ficar em US$ 70 bilhões em 2025 e US$ 75 bilhões em 2026, sem alterações nas previsões.

Com inflação resistente e juros elevados, o cenário econômico exige atenção. As próximas decisões do Banco Central do Brasil e do governo serão importantes para determinar os rumos do crescimento e da estabilidade financeira do país.

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