A CPFL Energia encerrou o quarto trimestre de 2024 com um lucro líquido de R$ 1,57 bilhão, marcando um crescimento de 18,7% em comparação ao mesmo período de 2023, quando o valor registrado foi de R$ 1,32 bilhão. A receita líquida também teve avanço, atingindo R$ 11,9 bilhões, o que representa uma alta de 13,3%.
Quais fatores impulsionaram o lucro da CPFL Energia?
O bom desempenho financeiro foi impulsionado pelo crescimento da receita e pelo aumento do consumo de energia elétrica. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da CPFL Energia chegou a R$ 3,2 bilhões, registrando um crescimento de 5,3% na comparação anual. No acumulado do ano, o Ebitda teve alta de 2,4%, totalizando R$ 13,1 bilhões.
Apesar do avanço, o segmento de distribuição de energia sofreu queda nos ganhos, encerrando o trimestre com R$ 750 milhões, um recuo de 14,7%. O setor de geração de energia renovável também enfrentou dificuldades, impactado por restrições operacionais determinadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A limitação da geração de energia eólica e solar, conhecida como “curtailment”, reduziu a capacidade da empresa em 20% no período.
“Esse impacto de 20% ocorreu justamente no auge da geração de energia eólica. O ano de 2024 terminou com R$ 272 milhões de prejuízo por conta dessas restrições, e a perspectiva para 2025 segue negativa”, afirmou Gustavo Estrella, presidente da CPFL Energia.
Investimentos e estratégias para os próximos anos da CPFL Energia
A companhia anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão para modernizar sua infraestrutura, com a substituição de 1,6 milhão de medidores convencionais por medidores inteligentes em cidades atendidas pelas distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Piratininga e CPFL Santa Cruz. A iniciativa tem prazo até 2029 e busca melhorar a eficiência no fornecimento e na gestão do consumo de energia.
Além disso, a CPFL Energia captou R$ 7,7 bilhões no mercado financeiro com custo médio de CDI mais 0,2%, fortalecendo seu caixa para novos investimentos e expansão.
Consumo de energia segue em alta
No setor industrial, o consumo de energia elétrica cresceu 4,3% no trimestre, enquanto a média anual ficou em 3%. Já no segmento de baixa tensão, que inclui residências e pequenos negócios, as temperaturas elevadas mantiveram a demanda em patamares elevados.
Para 2025, a CPFL Energia espera manter um controle rigoroso sobre a inadimplência e continuará adotando cortes no fornecimento para reduzir riscos financeiros. A busca por soluções para amenizar os impactos das restrições na geração renovável também está entre as prioridades.