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Taxas ilegais do crime organizado impostas para controlar serviços e comércio

As taxas ilegais do crime organizado se espalham pelo Brasil, afetando serviços essenciais e o comércio. No Rio de Janeiro, milícias cobram altos valores pela venda de imóveis, enquanto no Ceará, facções controlam provedores de internet. Essas práticas impactam a economia e a segurança das comunidades. A luta contra o crime organizado é crucial para restaurar a segurança nas regiões afetadas.
Dinheiro ilícito e armas do crime organizado evidenciam as taxas ilegais impostas para controle de serviços e comércio.
Crime organizado impõe 'tributos' e monopólios: no RJ, milícias e tráfico cobram taxas como IPTU e ITBI; no CE, facções controlam provedores de internet. (Imagens: Foto de Lukáš Trstenský/Pexels e ENB)

As taxas ilegais do crime organizado têm se tornado uma realidade em diversas regiões do Brasil, impactando diretamente serviços essenciais e transações comerciais. No Rio de Janeiro, milícias e tráfico de drogas cobram valores similares a tributos municipais, como IPTU e ITBI, enquanto no Ceará, facções criminosas estabelecem monopólios forçados sobre provedores de internet. Essas práticas fazem parte da economia subterrânea, impactando a população e fortalecendo o mercado paralelo. O controle dessas taxas ilegais pelo crime organizado demonstra a influência desses grupos na economia informal.

Taxas Ilegais e Extorsão Através de Imóveis

No Rio de Janeiro, investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) revelaram que criminosos controlam a venda de imóveis em comunidades dominadas. Para negociar um imóvel, os criminosos exigem o pagamento de até 10% sobre o valor da transação, em uma prática chamada de ITBI do crime”. Essa cobrança ilegal ocorre em diversas regiões da Baixada Fluminense e Zona Oeste do Rio, como Santa Cruz, Itaguaí e Campo Grande.

Além disso, os grupo criminosos também impõem restrições a comerciantes e moradores, dificultando qualquer negociação sem a devida aprovação. Dessa forma, quem não segue as regras impostas enfrenta ameaças e represálias, o que caracteriza uma clara prática de extorsão e controle territorial pelo crime organizado. O impacto das taxas ilegais do crime organizado vai além do setor imobiliário, afetando também o comércio local.

Confira no vídeo como o comércio ilegal de produtos financia o crime organizado

Controle das Taxas Ilegais sobre Provedores de Internet no Ceará

Enquanto isso, no Ceará, uma facção criminosa cobra de provedores de internet 50% do valor dos serviços prestados para autorizar a instalação de infraestrutura em comunidades controladas. Essa prática, iniciada no bairro Pirambu, em Fortaleza, já se espalhou por diversas localidade na capital cearense e outro municípios do estado.

Consequentemente, as empresas que se recusam a pagar sofrem represálias violentas, incluindo ataques contra suas instalações e funcionários. Recentemente, criminosos incendiaram dois veículos da empresa Brisanet, sendo um deles no Conjunto Metropolitano, em Caucaia. No final de fevereiro, ataques também destruíram infraestrutura de internet no distrito do Pecém, prejudicando empresas que operam na região do Complexo Industrial e Portuário. Além disso, muitos moradores são obrigados a contratar serviços clandestinos de internet, oferecidos ilegalmente pelos grupos criminosos. Essas taxas ilegais impostas pelo crime organizado afetam diretamente a conectividade e o acesso à informação da população local.

Monopólio Forçado e Cobrança de Taxas pelo Crime Organizado

Além das cobranças, os criminosos escolhem quais empresas podem operar nos territórios sob seu controle. Por esse motivo, eles obrigam os moradores a contratar apenas os serviços indicados pelo grupo, criando um monopólio forçado. Dessa maneira, empresas que recusam essas condições acabam sendo alvo de ataques. Essa dinâmica é similar à taxa de proteção cobrada por grupos paramilitares em diversas regiões do país. O avanço dessas taxas ilegais do crime organizado reforça a necessidade de ações mais rigorosas das autoridades.

Reação das Autoridades contra as Taxas Ilegais do Crime Organizado

Diante desse cenário, as investigações apontam que as cobranças ilegais e monopólios forçados estão associados a facções criminosas e grupos milicianos que buscam diversificar suas fontes de receita. Conforme plublicado pelo Jornal O Globo, nesta terça-feira (10/03), no Rio de Janeiro, a milícia de Santa Cruz e Antares, liderada por Paulo David Guimarães Ferraz da Silva, tem ampliado sua atuação. No Ceará, de acordo com o governo estadual, a força policial reforçou o monitoramento e intensificou as investigações sobre os ataques a provedores de internet.

Além disso, denúncias indicam que a corrupção policial também tem facilitado a ação desses grupos, permitindo que eles operem sem grande interferência. Muitos desses recursos obtidos ilegalmente são posteriormente usados para lavagem de dinheiro e operações fraudulentas de câmbio, dificultando ainda mais o rastreamento financeiro dos criminosos. A existência de impostos ilegais pelo crime organizado evidencia o desafio enfrentado pelas autoridades no combate ao crime financeiro.

Para combater essa prática, os cidadãos podem fazer denúncias anônimas pelos canais do Disque Denúncia em cada estado. Isso auxilia as autoridades na identificação e desarticulação dessas redes criminosas.

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