O dia no mercado financeiro foi marcado pela continuidade da queda do Ibovespa, pressionado pelo desempenho negativo de Petrobras e Wall Street. O dólar, por sua vez, recuou em meio às notícias sobre as tarifas de importação impostas por Donald Trump.
O Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas da sessão anterior, fechando com queda de 0,81%, aos 123.507,35 pontos. O índice foi pressionado pelas movimentações do exterior, mesmo com o alívio do temor de recessão nos Estados Unidos. Petrobras (PETR4;PETR3) caiu mais de 1%, na contramão do petróleo. Rede D’Or (RDOR3) figurou entre as maiores perdas do Ibovespa em reação ao balanço do quarto trimestre.
O dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8117, com queda de 0,69%. As tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos dividiram as atenções.
Nos Estados Unidos, os índices de Nova York fecharam em queda, com os investidores reagindo ao anúncio de novas tarifas contra o Canadá. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio canadense. Os índices fecharam da seguinte forma: Dow Jones: -1,14%, aos 41.433,48 pontos; S&P 500: -0,75%, aos 5.572,07 pontos; Nasdaq: -0,18%, aos 17.436,10 pontos.
Maiores altas
Empresa | Código | Variação | Preço (R$) |
---|---|---|---|
Casas Bahia | BHIA3.SA | +10,87% | 5,20 |
Automob Participações S.A. | AMOB3.SA | +4% | 0,26 |
Locaweb | LWSA3.SA | +3,79% | 2,74 |
Vivara | VIVA3.SA | +3,16% | 18,28 |
CPFL Energia | CPFE3.SA | +3,03% | 39,15 |
Maiores baixas
Empresa | Código | Variação | Preço (R$) |
---|---|---|---|
Marcopolo S.A | POMO4.SA | -4,46% | 6,64 |
Auren Energia | AURE3.SA | -3,35% | 7,50 |
Pão de Açucar | PCAR3.SA | -3,25% | 2,38 |
CSN Mineração | CMIN3.SA | -3,12% | 5,27 |
Marfrig | MRFG3.SA | -3,12% | 14,57 |
Negociadas
Empresa | Código | Variação | Preço (R$) |
---|---|---|---|
Hapvida | HAPV3.SA | +0,49% | 2,06 |
Cogna Educação | COGN3.SA | 0% | 1,65 |
Bradesco | BBDC4.SA | -0,61% | 11,45 |
Magazine Luiza | MGLU3.SA | +0,61% | 8,30 |
Ambev | ABEV3.SA | -1,98% | 12,86 |
No cenário doméstico, o mercado repercutiu dados da indústria, que ficou estável em janeiro. Há expectativa pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta quarta-feira (12).
No cenário externo, os investidores reduziram o temor sobre uma recessão econômica nos Estados Unidos. O mercado ainda ficou em compasso pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro. Negociações de cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia também foram acompanhadas.
Indústria brasileira fica estável em janeiro após três meses de queda
A indústria brasileira apresentou estabilidade em janeiro, interrompendo três meses de queda, com variação nula (0%) e frustrando as expectativas de crescimento de 0,4%, segundo dados do IBGE; apesar disso, o setor acumulou alta de 3,1% em 2024, impulsionado por máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores (3,0%), enquanto indústrias extrativas (-2,4%) e outros setores específicos registraram retração devido à menor demanda global e dificuldades logísticas.
Turismo nacional bate recorde com faturamento de R$ 207 Bi em 2024
O turismo nacional bateu recorde em 2024, alcançando um faturamento de R$ 207 bilhões, impulsionado pelo crescimento econômico, aumento do poder de compra e expansão do turismo corporativo, com destaque para os setores de locação de transportes e alimentação, e liderança de São Paulo no faturamento, apesar de retrações em algumas regiões, a expectativa para o setor permanece positiva, consolidando-o como um dos principais motores da economia brasileira.
Tarifaço: Casa Branca suspende tarifa de 50% sobre para o Canadá, mas critica Brasil
A Casa Branca suspendeu a tarifa de 50% sobre aço e alumínio do Canadá, buscando aliviar tensões comerciais, mas o conselheiro Peter Navarro criticou tarifas de países como Brasil e Índia, classificando-as como “trapaça” e defendendo a implementação do sistema de reciprocidade tarifária nos EUA a partir de 2 de abril, reiterando que o governo Trump não tolerará tarifas retaliatórias, enquanto CEOs de grandes empresas se reuniram com Trump para discutir a Guerra Comercial.
Tarifas sobre Aço: Governo Lula pede adiamento da taxa aos EUA
O governo Lula solicitou aos Estados Unidos o adiamento da tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio do Brasil, que entra em vigor nesta quarta-feira, buscando tempo para negociações e evitando prejuízos às exportações brasileiras, argumentando que o aço brasileiro é essencial para a indústria americana e que a tarifa aumentaria custos, enquanto conversas bilaterais avançam, embora Washington ainda não tenha confirmado a aceitação do pedido, gerando preocupação no setor siderúrgico, que exportou US$ 2,5 bilhões para os EUA em 2023.