Os problemas que resultaram no acordo aconteceram entre 2013 e 2014 e foram investigados nas Operações Triuno e Paralelo 23, da Polícia Federal. Como resultado dessas investigações, o acordo de leniência com Qualicorp (QUAL3) começou a ser negociado em 2021, oferecendo informações em troca de redução de penalidades. Além disso, a empresa entregou provas obtidas por um Comitê de Apuração independente e depoimentos de um ex-diretor.
Diante da negociação, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) na segunda-feira (17/03), assinaram um acordo de leniência com a Qualicorp Consultoria e Corretora de Seguros S.A., que pagará R$ 44,5 milhões à União. O acordo, baseado na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013), foi feito após a empresa colaborar com investigações sobre irregularidades. Segundo a Qualicorp, esse acerto encerra de vez as questões analisadas pelo Comitê de Apuração.
O que é um acordo de leniência
Consequências para a Qualicorp
Com a colaboração, a Qualicorp conseguiu reduzir as punições que poderia enfrentar. Além disso, a CGU revisou seu programa de integridade, que inclui um Código de Ética e regras de compliance. Como parte do acordo, a empresa prometeu reforçar suas práticas de governança e manter esse compromisso sob supervisão da CGU.
O que foi investigado na Operação Triuno
As investigações começaram em 2020. Por um lado, a Operação Triuno analisou pagamentos irregulares feitos para evitar autuações fiscais, com apoio da Receita Federal e do Ministério Público Federal. Por outro lado, a Operação Paralelo 23, ligada à Lava Jato, apurou crimes eleitorais, como doações ilegais (caixa dois). De acordo com o Ministério Público, o fundador e ex-presidente da Qualicorp, José Seripieri Filho, organizou e arrecadou essas doações para a campanha de José Serra ao Senado em 2014. Assim, essas investigações reforçaram a luta contra a corrupção no setor empresarial com o acordo de leniência com a Qualicorp.










