As bolsas europeias encerraram o pregão desta terça-feira (25) em alta, impulsionadas pela expectativa de flexibilização nas tarifas comerciais dos Estados Unidos e pelos sinais positivos da economia alemã. A melhora no índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha elevou o otimismo dos investidores, enquanto o mercado global reage com cautela aos desdobramentos da política comercial americana.
Destaques nos principais índices europeus
As bolsas europeias apresentaram ganhos expressivos. Bem como em Londres, o FTSE 100 avançou 0,30%, alcançando 8.663,80 pontos. Já em Frankfurt, o DAX subiu 1,10%, encerrando o dia em 23.104,76 pontos. Paris, o CAC 40 teve alta de 1,08%, fechando em 8.108,59 pontos. Madri, o Ibex 35 cresceu 1,24%, chegando a 13.489,00 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 registrou avanço de 0,86%, aos 6.832,19 pontos. Já em Milão, o FTSE MIB subiu 1,06%, fechando o dia em 39.384,95 pontos.
Impactos das tarifas dos EUA nas bolsas europeias
A declaração do ex-presidente Donald Trump sobre a concessão de “pausas tarifárias” para alguns países impulsionou o sentimento positivo nas bolsas europeias. Embora Trump também tenha mencionado novas sobretaxas, o tom mais moderado surpreendeu positivamente o mercado. Esse alívio tarifário, portanto, traz esperança de um ambiente comercial mais estável no curto prazo.
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Alemanha impulsiona a recuperação das bolsas
Outro fator que sustentou o avanço das bolsas europeias, sobretudo, foi a divulgação do índice Ifo, que mede o sentimento das empresas alemãs. O indicador subiu para 86,7 pontos em março, superando as expectativas do mercado. Além disso, o Parlamento alemão aprovou uma reforma constitucional que permitirá maiores investimentos em defesa e infraestrutura, fortalecendo ainda mais a perspectiva econômica do país.
Ações em destaque nas bolsas europeias
Entre os destaques corporativos nas bolsas europeias, entretanto, a britânica Shell teve alta de 1,14% após anunciar planos de aumentar os retornos aos acionistas. A Airbus também subiu 2,7%, com declaração otimista de seu CEO sobre a cadeia de suprimentos. Já a Bayer se recuperou com um salto de 5,15%, após perdas recentes causadas por decisão judicial nos EUA. Por outro lado, a Kingfisher despencou 13,7% após divulgar queda de 7% no lucro anual.
Expectativas para as bolsas da Europa
Os investidores, aliás, continuam atentos às declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), como Boris Vujcic, que indicou incertezas quanto à decisão de juros em abril. Esse fator, aliado à flexibilização comercial dos EUA e à melhoria nos indicadores alemães, pode manter as bolsas europeias em rota positiva nas próximas semanas.
Com esse conjunto de fatores, portanto, o mercado europeu ganha novo fôlego e reforça a confiança dos investidores em um cenário de recuperação gradativa da economia do continente.