O Banco Central do Brasil divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que o Copom avalia a economia brasileira diante de inflação persistente e sinais de desaceleração no Produto Interno Bruto (PIB). A taxa Selic foi elevada de 13,25% para 14,25% ao ano, marcando a quinta alta consecutiva desde setembro de 2024.
Segundo o documento, a inflação segue fora da meta oficial de 3%. O IPCA projetado para 2025 está em 5,65%. Por isso, o Copom considera necessário manter a política monetária em posição contracionista por mais tempo, mesmo que a próxima alta da taxa de juros seja menor.
Copom avalia economia brasileira diante de desafios internos
Segundo o BC, o Copom avalia a economia brasileira considerando fatores como mercado de trabalho aquecido, expansão do crédito direcionado, política fiscal incerta e risco de aumento da dívida pública. Além disso, há preocupação com o impacto dessas medidas sobre o mercado financeiro e os investimentos produtivos.
Para o ex-banqueiro Geldo Machado (foto), presidente do Sinfac (CE.PI.MA.RN), criticou a nova alta da Selic. “O remédio já está amargo demais. Manter esse aperto compromete o desenvolvimento, estimula o desemprego e eleva a inadimplência de empresas e famílias”, afirmou.
Avaliação do Copom inclui cenário externo e efeitos no câmbio
Coforme dados do Banco Central, o documento também aponta a volatilidade do câmbio e o risco-país como fatores que exigem atenção. O ambiente externo, especialmente nos EUA, pressiona decisões internas.
Nesta quarta-feira (26/03), às 16h39, o Ibovespa subia 0,42% aos 132.628 pontos. O Dólar Comercial era cotado a R$ 5,7292, com alta de 0,36%.
O Copom avalia a economia brasileira em um momento de incerteza, com impactos diretos sobre a política monetária e a estabilidade econômica.