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Novo presidente da Eternit será Rodrigo Angelo Inácio; entenda o caso

O presidente da Eternit, Paulo Roberto Andrade, anunciou sua renúncia, permitindo que Rodrigo Angelo Inácio assuma o cargo em abril. Sob Andrade, a Eternit alcançou marcos importantes, como a recuperação judicial e a nova fábrica. A mudança ocorre após a proibição do amianto no Brasil, e a empresa se adapta com inovações. Como essa reestruturação afetará o futuro da Eternit?
Rodrigo Angelo Inácio, novo presidente da Eternit, assume em abril de 2025
Rodrigo Angelo Inácio, novo presidente da Eternit, assume em abril de 2025. (Foto: LinkedIn)

O presidente da Eternit, Paulo Roberto Andrade, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, 27 de março de 2025. A saída será oficializada no dia 15 de abril. O conselho de administração elegeu Rodrigo Angelo Inácio (foto) como novo diretor-presidente da Eternit. Rodrigo acumulará a presidência com o cargo de diretor comercial, função que exerce desde 2017.

A decisão foi aprovada por unanimidade na reunião do conselho realizada na quarta-feira (26/03). O novo presidente da Eternit assumirá no mesmo dia da saída de Paulo Roberto Andrade.

Novo presidente da Eternit assume em abril

Rodrigo Angelo Inácio já fazia parte da alta gestão da companhia como vice-presidente comercial e de marketing. A Eternit aposta na continuidade administrativa ao escolher alguém com experiência interna.

A transição acontece após a conclusão de etapas importantes durante a presidência de Paulo Roberto Andrade. Ele esteve à frente da empresa desde julho de 2023. Nesse período, liderou a conclusão da recuperação judicial e a inauguração da fábrica de Caucaia, no Ceará.

A Eternit destacou essas realizações como marcos de sua reestruturação e agradeceu ao presidente da Eternit que está deixando o cargo por sua contribuição à empresa.

Balanço financeiro e posição de mercado da Eternit

Sob a gestão do então presidente da Eternit, Paulo Roberto Andrade, a empresa apresentou crescimento. Em 2024, a receita líquida foi de R$ 1,16 bilhão, aumento de 2,9% em comparação com 2023. No quarto trimestre (4T24), o faturamento alcançou R$ 286,6 milhões, alta de 1,5% frente ao 4T23.

O endividamento bruto caiu para R$ 126,3 milhões, redução de 12% em relação ao ano anterior. A relação entre dívida líquida e EBITDA recorrente ficou em 1,38, um nível considerado saudável. A Eternit também concluiu um ciclo de três anos de investimentos de R$ 500 milhões, com destaque para a aquisição da Confibra.

Segundo estimativas internas com base em dados da Anamaco, o market share da companhia alcançou 30%. O desempenho financeiro fortalece a posição do novo presidente da Eternit para dar continuidade à expansão.

Transição após o encerramento da recuperação judicial

A mudança de presidente da Eternit ocorre em um momento de reestruturação finalizada. A companhia estava em recuperação judicial desde o início de 2018, após a proibição do uso do amianto no Brasil. Em agosto de 2024, a Justiça autorizou o encerramento do processo.

Mesmo com a proibição nacional, a empresa ainda extrai amianto em Minaçu (GO), amparada por legislação estadual que permite a produção para exportação. Para garantir a continuidade das operações, a Eternit substituiu o amianto por fibras alternativas, como o polipropileno.

O diretor financeiro da empresa, Vitor Mallmann, afirmou que essa transição foi “dolorosa”. Ainda assim, o processo foi fundamental para preparar o caminho para a nova gestão liderada pelo presidente da Eternit, Rodrigo Angelo Inácio.

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