A inflação da Páscoa tem afetado diretamente o poder de compra das famílias brasileiras em 2025. Com o aumento no preço de itens tradicionais como chocolates e azeite, consumidores enfrentam maiores desafios na hora de preparar o almoço pascal ou comprar presentes. Segundo levantamento da Rico, a inflação alimentar dos produtos típicos da Páscoa ficou em 5,3% no acumulado entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.
Esse percentual reflete o aumento médio dos preços de diversos alimentos que compõem a cesta pascal, como pescados, leite condensado, frutas e biscoitos. Produtos como o azeite, por serem importados, são diretamente impactados pela oscilação cambial e pelas tarifas de importação, o que eleva ainda mais seu custo.
Além disso, commodities agrícolas como o cacau, essencial para a produção de chocolates, sofreram com a instabilidade da safra agrícola e o encarecimento do custo de produção. A demanda sazonal também pressiona os preços. Durante a Páscoa, há um aumento no consumo desses produtos, influenciado por fatores emocionais e culturais. A elasticidade da demanda torna os consumidores mais vulneráveis a reajustes, mesmo em um cenário de inflação elevada.
Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre a inflação da Páscoa:
Alimentos da Páscoa sobem acima da média da inflação
Especialistas apontam que o impacto econômico sazonal é perceptível não apenas no bolso do consumidor final, mas também no comportamento do mercado de bens de consumo. Marcas e varejistas aplicam estratégias de precificação específicas para o período, com o objetivo de equilibrar margens e competitividade.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) já capta essa tendência, mostrando alta acima da média no segmento alimentício. Segundo analistas, o comércio internacional também desempenha papel central no encarecimento dos produtos de origem estrangeira. A análise de mercado revela que, enquanto o chocolate amarga o aumento de preços, o azeite, produto amplamente importado, acompanha essa tendência devido à alta do dólar.
O cenário reforça a necessidade de os consumidores compararem preços, repensarem hábitos e, se possível, anteciparem compras para mitigar os efeitos da inflação da Páscoa.