Juscelino Filho pede demissão do Ministério das Comunicações nesta terça-feira (08/04), após ser formalmente denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A denúncia, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusa o ex-deputado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Na carta de afastamento, Juscelino Filho afirma que a decisão é um ato de respeito ao governo e à sociedade brasileira. Além disso, disse que precisa se dedicar à própria defesa com serenidade e firmeza. Para ele, as acusações são injustas e a verdade será confirmada pelo STF.
Denúncia da PGR ao STF motiva demissão de Juscelino Filho
Segundo a PGR, Juscelino teria participado de um esquema para desviar emendas parlamentares por meio da Codevasf. Os repasses foram direcionados ao município de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã era prefeita. Além disso, há suspeitas de pagamento de propinas por meio de empresas de fachada.
Embora tenha sido indiciado pela Polícia Federal em junho de 2023, ele permaneceu no cargo até agora. No entanto, com a denúncia formal, o processo segue no STF sob relatoria do ministro Flávio Dino. Enquanto isso, a defesa poderá apresentar sua versão. Depois, a PGR também se manifestará, liberando o caso para julgamento na Primeira Turma.
União Brasil deve manter o ministério após saída de Juscelino
Com a saída de Juscelino Filho, que pede demissão após pressão jurídica, o União Brasil deve manter o controle do ministério. O nome mais cotado para assumir o cargo é o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União-MA), líder da sigla na Câmara. Esse é o primeiro ministro do governo Lula denunciado pela PGR.