O governo brasileiro prepara um leilão do pré-sal com potencial de arrecadar ao menos R$ 20 bilhões em leilão. A medida busca reforçar o caixa diante da queda no preço do petróleo e das incertezas globais causadas por tarifas comerciais dos Estados Unidos.
As áreas envolvidas ficam em campos como Tupi, Mero e Atapu, dentro das reservas de petróleo no pré-sal. Segundo fontes próximas ao tema, a expectativa mínima de arrecadação considera um cenário conservador, mas pode atrair petroleiras internacionais no Brasil interessadas no ativo estratégico.
Leilão do pré-sal como alternativa para conter riscos fiscais
Com a cotação do petróleo Brent abaixo de US$ 66, o governo vê na exploração de petróleo no Brasil uma solução para o ajuste das contas públicas. O preço médio estimado na Lei Orçamentária de 2025 é de US$ 80,79. A diferença reduz receitas com royalties e tributos da Petrobras, que também é impactada pela política de preços da Petrobras.
Se aprovado, o projeto será enviado ao Congresso. O leilão do pré-sal pode ocorrer já em setembro, após publicação da resolução do CNPE e do edital da licitação de blocos de petróleo.
Investimentos despertam interesse do setor
Além disso, a movimentação do governo também busca atrair novos investimentos em petróleo no Brasil, reforçando a confiança de investidores. A alta produtividade da Bacia de Campos, aliada ao histórico da exploração de petróleo e gás, reforça o apelo do projeto.
A expectativa é que a nova rodada de investimentos no pré-sal também gere interesse de empresas estrangeiras. No entanto, fontes alertam para os riscos da exploração no pré-sal, como volatilidade no mercado global e questões ambientais.
Mesmo assim, o movimento pode compensar perdas e evitar cortes no orçamento, inclusive em emendas parlamentares. Além disso, o leilão ocorre em um momento em que os desinvestimentos da Petrobras também ganham força no noticiário e influenciam o mercado de petróleo no Brasil.
