No primeiro trimestre de 2024, a Petrobras (PETR4) registrou um aumento na produção de petróleo. Com um total de 2,776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), houve um crescimento de 3,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O pleno funcionamento dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, juntamente com a entrada em operação de 19 novos poços em projetos complementares nas Bacias de Campos e Santos, impulsionou esse desempenho.
Comparando com o último trimestre de 2023, houve uma queda de 5,4% na produção, principalmente devido a um aumento no volume de perdas decorrentes de paradas e manutenções.
Pré-sal e pós-sal
A produção de óleo no pré-sal atingiu 1,857 milhão de barris por dia (bpd), ou seja, uma diminuição de 4,1% em relação ao 4T23. Uma elevação nas perdas decorrentes de paradas e manutenções influenciou principalmente esse declínio, sendo parcialmente compensada pelo aumento na produção dos FPSOs Almirante Barroso e P-71, além do início da operação de 2 novos poços em projetos complementares no campo de Tupi, na Bacia de Santos.
Por outro lado, a produção do pós-sal foi de 343 mil bpd, uma queda de 11,6% em relação ao 4T23, devido principalmente ao aumento nas perdas decorrentes de paradas e manutenções, além do declínio natural na produção. No entanto, o aumento na produção do FPSO Anita Garibaldi compensou parcialmente esse declínio.
A produção da Petrobras em terra e águas rasas permaneceu estável em 35 mil barris por dia, enquanto a produção no exterior, nos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos, foi de 33 mil barris por dia, mantendo-se estável em relação ao 4T23.
O fator de utilização total (FUT) do parque de refino alcançou 92% no 1T24, um aumento de 7 pontos percentuais em relação ao 1T23, mas uma redução de 2 pontos percentuais em relação ao 4T23.
Em relação às vendas, houve uma redução de 4,9% no volume de derivados em comparação com o 4T23, principalmente no diesel e gasolina. A sazonalidade no consumo, que diminui nos primeiros meses do ano devido à redução da atividade econômica nesse período, influenciou a queda de 7,6% nas vendas de diesel.
As vendas de gasolina da Petrobras diminuíram 5,2% em relação ao 4T23, devido à sazonalidade típica, com um pico de consumo no último trimestre de cada ano, além da perda de participação do derivado para o etanol hidratado no abastecimento de veículos flex entre os trimestres.
Por outro lado, as vendas de querosene de aviação (QAV) aumentaram 1,9% devido a fatores sazonais associados ao período de férias.