Na noite de quinta-feira (25), a Petrobras anunciou a assinatura de contratos para a cessão da totalidade de participação nos campos de Cherne e Bagre, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, para a Perenco Petróleo e Gás do Brasil.
Com a transação, a estatal receberá US$ 10 milhões, dos quais US$ 1 milhão já foi pago e o restante será liquidado no fechamento do acordo, sujeito a ajustes contratuais. As plataformas dos campos, cuja produção foi interrompida em março de 2020, estão atualmente hibernadas. Os novos operadores esperam retomar a produção com essa transferência.
“Ao mesmo tempo, essa transação possibilita que a Petrobras direcione seus investimentos no segmento de E&P para ativos mais aderentes à estratégia da companhia, que envolve, entre outros fatores, a descarbonização crescente das operações”, afirmou a empresa em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A venda dos campos para a Perenco representa uma alternativa mais vantajosa para a Petrobras em comparação à opção de descomissionamento das instalações e devolução das concessões à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo a Petrobras, não haverá prejuízo ou transferência de qualquer empregado da empresa decorrente da cessão dos ativos, pois a maioria dos trabalhadores já foi realocada para outras atividades da companhia. A Petrobras integrará o efetivo mínimo mantido para a manutenção dos ativos hibernados a outras operações após a conclusão da transferência dos campos.
A Petrobras adquiriu os campos de Cherne e Bagre por meio da Rodada Zero da ANP. Eles estão localizados a 73 km da costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidades de água que variam de 108 a 150 metros.
Até a interrupção da produção em março de 2020, os campos de Cherne e Bagre produziam por meio das plataformas PCH-1 e PCH-2, que agora estão hibernadas. Em maio de 2022, a Petrobras iniciou o processo para devolução das concessões e planejamento para o descomissionamento das instalações associadas a esses campos junto à ANP.
