As pressões deflacionárias na China se intensificaram em março, impulsionadas pela guerra comercial. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) recuou 0,1% em relação ao mesmo mês de 2024. O cenário reflete o impacto do acúmulo de exportações não escoadas e da queda na demanda interna.
Além disso, a economia enfrenta incertezas. Embora as vendas no varejo e a produção industrial tenham apresentado leve avanço, o desemprego e o excesso de oferta mantêm a pressão sobre os preços.
Pressões deflacionárias na China e o impacto da guerra comercial
O recuo de 0,4% no CPI em relação a fevereiro superou a projeção de 0,3%. Já os preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor (PPI), caíram 2,5% em março. Esses dados reforçam as tensões deflacionárias na economia chinesa, alimentadas por fatores sazonais e externos.
Entre os fatores principais estão a queda nos preços do petróleo e o fim do período de aquecimento no norte da China. Isso elevou o debate sobre mudanças na política monetária chinesa, com possibilidade de cortes nas taxas de juros para conter a tendência de queda nos preços.
Deflação afeta exportações e comércio exterior da China
Com o avanço das tarifas de importação, o país enfrenta dificuldades para manter seu desempenho no comércio exterior . A volta de produtos exportados ao mercado interno amplia o excesso de oferta, agravando as pressões deflacionárias na China.
Por outro lado, o fortalecimento do preço do yuan tem afetado a competitividade das exportações. A situação também pressiona o mercado de commodities chinês, que lida com instabilidade na demanda.
Riscos de recessão e desaceleração econômica na China
Diante disso, o cenário atual acende alertas sobre uma possível recessão. Além disso, a combinação entre inflação muito baixa e deflação persistente sinaliza enfraquecimento do consumo interno e da atividade produtiva.
A desaceleração econômica da China, portanto, exige atenção redobrada de investidores e analistas. A evolução das pressões deflacionárias na China poderá definir os próximos passos da segunda maior economia do mundo e influenciar diretamente os mercados globais.