O lucro da C&A despencou 94,3% no primeiro trimestre de 2025, totalizando R$ 4,1 milhões. A varejista apresentou o resultado mesmo com aumento na receita líquida, influenciada por custos e despesas maiores. A divulgação do balanço financeiro ocorreu nesta quarta-feira (7).
Entre janeiro e março, a C&A faturou R$ 1,61 bilhão, alta de 10,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar do crescimento das vendas, o resultado final foi pressionado por um resultado financeiro negativo de R$ 77,1 milhões, quase 20 vezes superior ao do ano anterior. A queda de 59,4% nas receitas financeiras, que somaram R$ 56,7 milhões, também impactou o desempenho.
Os custos de mercadorias e serviços subiram 8,4%, atingindo R$ 740,1 milhões no trimestre. Além disso, as despesas operacionais cresceram 11,7%, chegando a R$ 798,3 milhões, contribuindo para a redução do lucro.
Por que o lucro da C&A caiu tanto?
O lucro da C&A foi afetado também por indicadores de vendas. As vendas nas mesmas lojas de vestuário caíram 6,9 pontos percentuais, ficando em 15%. Já as vendas de unidades de mercadorias caíram 1,9 ponto percentual, alcançando 13%.
Apesar da queda no lucro, o resultado operacional teve alta. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 243,6 milhões, um crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado, que desconsidera itens não recorrentes, subiu 35,4%, totalizando R$ 244,5 milhões, com margem de 15,2%, um ganho de 2,7 pontos percentuais.
A dívida líquida da C&A recuou 46,3%, de R$ 1,05 bilhão para R$ 562,6 milhões.
Além da queda na dívida, a alavancagem financeira da C&A caiu de 1,5 vez para 0,5 vez na comparação anual, indicando menor relação entre dívida líquida e Ebitda.
