A varejista de moda C&A reverteu o prejuízo de R$ 126,3 milhões registrado no primeiro trimestre do ano passado, reportando um lucro de R$ 70,8 milhões entre janeiro e março de 2024. Nesse mesmo período, a receita líquida aumentou 17,1%, chegando a R$ 1,45 bilhão.
O crescimento na receita foi impulsionado por um aumento de 15% nas vendas de mercadorias, que totalizaram R$ 1,33 bilhão, e por um avanço de 43,8% na receita de serviços financeiros, somando R$ 113,9 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado atingiu R$ 180,5 milhões, o que representa um crescimento de 125,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustada também registrou um avanço de 6 pontos percentuais, atingindo 12,4%.
O diretor financeiro da C&A, Paulo Nunes, atribuiu esses resultados à “assertividade das coleções de transição, ao adequado dimensionamento de volumetria de produto, à maior efetividade da precificação dinâmica e à gestão de produtos contínuos”.
Durante o trimestre, o C&A Pay, serviço de pagamentos da empresa, emitiu 496 mil novos cartões digitais, totalizando 5,5 milhões de cartões emitidos até o final de março. A participação do C&A Pay nas vendas da empresa atingiu 25%, um crescimento de 6,9 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior.
Os investimentos da varejista no período caíram 32,3%, totalizando R$ 33,7 milhões. A dívida líquida, que inclui o compromisso de pagamento com o Bradescard, foi de R$ 1,046 bilhão ao final do trimestre, uma redução de 30,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda Ajustado pré-IFRS 16 dos últimos 12 meses) melhorou de 4,0x para 1,5x, demonstrando uma expressiva redução do endividamento.
O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 3,9 milhões, apresentando uma redução substancial de 96,1% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
