A importação de frango brasileiro foi suspensa por México e Chile após foco de gripe aviária detectado no Rio Grande do Sul.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, enfrenta pressões no comércio exterior após a confirmação de um foco de gripe aviária altamente patogênica. O caso, registrado em uma granja de produção de ovos para reprodução no município de Montenegro (RS), desencadeou uma série de restrições comerciais, incluindo a suspensão das exportações brasileiras para China, União Europeia, Argentina, México e Chile.
Gripe aviária afeta exportações de frango para o México e Chile
A decisão dos governos do México e do Chile de suspender a importação de carne de frango brasileira foi anunciada neste sábado (17), em resposta ao foco da gripe aviária H5N1. Ambos os países informaram que as medidas têm caráter preventivo, visando proteger a saúde de seus rebanhos e consumidores.
As exportações de frango para o México e Chile são significativas para o setor. O México representou mais de 4,2% do total exportado pelo Brasil em 2024, com mais de 173 mil toneladas. O Chile comprou mais de 111 mil toneladas no mesmo período. As suspensões impactam diretamente o mercado de carne de frango no Brasil, que vinha em ritmo de crescimento.
Suspensão da importação de frango brasileiro pressiona setor
Diante da suspensão das importações de carne, autoridades brasileiras instalaram barreiras sanitárias na zona afetada. Cerca de 17 mil aves foram abatidas, e 450 toneladas de ovos foram destruídas preventivamente em Minas Gerais. O objetivo é conter o avanço do vírus e proteger a produção de frango no Brasil, um setor essencial dentro da indústria de alimentos brasileira.
O governo também tenta preservar a imagem do país como o Brasil maior exportador de frango, reforçando práticas de biossegurança. Desse modo, o Ministério da Agricultura está em diálogo com os parceiros comerciais para garantir transparência e assegurar que o episódio foi isolado.
Efeitos da suspensão da importação de frango brasileiro no comércio exterior
A suspensão das exportações brasileiras ocorre em um momento delicado para o cenário econômico do Brasil em 2025, marcado por incertezas externas e desafios logísticos. Além disso, a medida levanta preocupações sobre os acordos comerciais entre Brasil, México e Chile, especialmente em meio ao aumento da percepção de uma possível guerra comercial Brasil México Chile.
Desse modo, analistas do setor avaliam que a decisão pode repercutir no mercado financeiro do Brasil, afetando ações de empresas do setor alimentício e exportadoras. Além disso, os reflexos no preço do frango e derivados no mercado interno ainda estão sendo calculados.
Tarifas e acordos comerciais entram no radar dos exportadores
Assim, a atual crise acende o alerta para o risco de novas tarifas de importação ao Brasil, além de pressões sobre os acordos comerciais Brasil México. Além disso, a depender da extensão do problema, novos entraves podem surgir, dificultando o escoamento da produção e afetando os lucros da cadeia avícola nacional.
Desse modo, o episódio também reforça a necessidade de revisar protocolos e fortalecer o papel do Brasil no comércio exterior, especialmente quando se trata de alimentos. Assim, a indústria de alimentos brasileira, uma das mais robustas do mundo, depende da previsibilidade nas exportações e da manutenção de sua reputação internacional.
Exportadores monitoram impacto das tarifas comerciais no Brasil
Empresas e autoridades seguem monitorando o impacto das tarifas comerciais no Brasil, que podem ser ampliadas em meio à crise sanitária. Portanto, a importação de carne de frango brasileira continuará sob vigilância dos países compradores nas próximas semanas, o que exige articulação diplomática e controle sanitário rígido por parte do Brasil.
Enquanto isso, o setor busca minimizar os danos à balança comercial e preservar a liderança brasileira no segmento global de proteínas. A confiança internacional no mercado de carne de frango no Brasil será essencial para a retomada das vendas.
