As passagens aéreas caem 11,18% em maio e garantem o maior alívio para a inflação medida pelo IPCA-15, que registrou alta de 0,36% no mês, informou na última terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O subitem passagens aéreas foi o de maior impacto negativo no índice, contribuindo com -0,07 ponto percentual. A queda ajudou a conter o avanço da inflação, que ficou abaixo das projeções do mercado para o período.
Transporte lidera recuos no IPCA-15
Dentro do grupo Transportes, os preços caíram 0,29%, após uma queda de 0,44% em abril. Além da redução nas passagens aéreas, o ônibus urbano também teve recuo expressivo (-1,24%), puxado pela tarifa zero em domingos e feriados em cidades como Brasília e Belém.
Outros subitens também influenciaram o índice: o metrô teve alta de 0,51%, enquanto os reajustes no serviço de táxi levaram o item a subir 0,49% no mês. Veja mais detalhes sobre o IPCA-15 no vídeo abaixo:
Combustíveis mostram comportamento misto
Apesar do recuo nas passagens aéreas, os combustíveis apresentaram um leve aumento de 0,11% em maio. O etanol subiu 0,54% e a gasolina, 0,14%. Em contrapartida, o óleo diesel caiu 1,53% e o gás veicular, 0,96%.
Essas variações mantiveram o grupo de Transportes como destaque negativo no IPCA-15, com impacto total de -0,06 ponto percentual.
Alívio pontual para os consumidores
Embora a queda nas passagens aéreas em maio não represente uma tendência de longo prazo, ela traz um alívio imediato para o orçamento dos consumidores, especialmente com a aproximação das férias escolares de julho.
O dado também deve ser observado de perto pelo Banco Central, no contexto da política de juros, considerando o comportamento recente da inflação nos setores mais voláteis.
Com o recuo das tarifas aéreas, o IPCA-15 fechou maio com variação inferior à esperada e reforça a leitura de que a inflação segue perdendo força em alguns segmentos específicos, apesar da resistência em outros grupos, como Alimentação e Habitação.