Você acredita que alguém pode construir um império vindo do nada? A história do Bradesco começa com um jovem que provou que sim. Sem ensino fundamental completo, Amador Aguiar chegou a dormir em banco de praça antes de fundar um dos maiores bancos da América Latina. Nascido em 11/02/1904, em Ribeirão Preto (SP), foi o 12º de 14 irmãos de uma família de lavradores. Tirado da escola aos 13 anos para trabalhar na lavoura, enfrentou desafios que moldaram sua resiliência e caráter.

📌 Resumo rápido da história do Bradesco:

• 🏦 Fundado em: 1943, Marília (SP)
• 👤 Fundador: Amador Aguiar
• 🧾 Nome original: Banco Brasileiro de Descontos
• 📍 Sede atual: Osasco (SP)
• 💰 Lucro 2024: R$ 19,554 bilhões
• 👨‍💼 Atual presidente: Marcelo Noronha
• 🏢 Agências: mais de 2.750
• 📚 Fundação educacional: desde 1956 (40 escolas)

Após romper com o pai aos 16 anos, decidiu tentar a vida em Bebedouro. Passou fome e só encontrou abrigo após conseguir emprego como tipógrafo. Autodidata, estudava à noite e ampliava seu conhecimento intelectual. No entanto, enfrentou novo revés ao perder parte do dedo em um acidente. Mas foi exatamente nesse ponto que sua trajetória virou. Aos 21 anos, tornou-se office boy no Banco Noroeste de Birigui — seu primeiro passo no universo financeiro e o início real da história do Bradesco.

História do Bradesco inclui uma reviravolta após tragédia

A história do Bradesco realmente começou quando Amador Aguiar assumiu uma casa bancária em Marília (SP), a convite dos sócios da Almeida & Cia, prestes a falir. Após a morte súbita do controlador, Aguiar foi alçado ao comando e recebeu 10% da empresa — agora rebatizada como Banco Brasileiro de Descontos.

Com foco nas camadas populares e na abertura de agências em cidades menores, ele implementou uma estratégia de inclusão bancária que acelerou a expansão da instituição. A sede foi transferida para São Paulo e, posteriormente, para Osasco. Foi ali que fundou a Fundação Bradesco, em 1956, hoje com 40 escolas e mais de 42 mil alunos. Esse movimento educacional também faz parte essencial da história do Bradesco.

Inovação sempre marcou a história do Bradesco

A inovação é outro pilar crucial da história do Bradesco. Na década de 1950, o banco foi o primeiro a usar máquinas autenticadoras. Já nos anos 60, implantou o IBM 1401, marcando o início da automação bancária. Criou seu cartão de crédito próprio em 1968 e abriu capital nos anos 70.

A partir dos anos 80, a instituição entrou no digital e se consolidou globalmente. Já nos anos 2000, ampliou sua atuação com aquisições estratégicas, como a do HSBC Brasil (R$ 17,6 bilhões em 2015) e, mais recentemente, a do Digil e de uma fatia do banco John Deere.

A história do Bradesco hoje é de reinvenção

A história do Bradesco continua a evoluir. Em 2023, após enfrentar alta inadimplência e perda de competitividade, Marcelo Noronha assumiu a presidência e lançou um plano de transformação de cinco anos. O foco recaiu sobre crédito, inovação digital e otimização de custos.

Apesar dos desafios, a instituição mantém 2.750 agências em funcionamento. A aposta agora está em inteligência artificial, ESG e aquisições pontuais. Dessa forma, a história do Bradesco mostra que a capacidade de reinvenção continua sendo um de seus maiores ativos.

Legado e fim de uma era: morte de Amador Aguiar e disputas judiciais

O encerramento da trajetória do fundador marcou profundamente a história do Bradesco. Amador Aguiar faleceu em 24 de janeiro de 1991, em São Paulo, aos 86 anos. Já debilitado, havia deixado a presidência do banco pela segunda vez em 12 de fevereiro de 1990, um dia após seu aniversário, sendo sucedido por Lázaro de Mello Brandão. Na época, o Bradesco já era a maior organização financeira do país, com 1.800 agências, 140 mil funcionários e um lucro de quatro bilhões de cruzeiros novos.

Antes disso, em 1984, Aguiar havia deixado a presidência pela primeira vez, indicando Antônio Carlos de Almeida Braga. No entanto, devido a desentendimentos, reassumiu o posto em 1985. Após sua morte, iniciou-se uma disputa jurídica. Avaliado em US$ 860 milhões, o espólio foi questionado, já que Amador não reconhecia as filhas adotivas Lina e Lia como legítimas. Em 1998, a Justiça decidiu a favor das bilionárias.

Confira uma das raras entrevistas concedidas por Amador Aguiar após deixar a presidência do Bradesco:

Esse episódio judicial ainda hoje é lembrado sempre que se discute quem foi o verdadeiro dono do Bradesco e quem são os herdeiros do Bradesco após a era Aguiar. Esses conflitos familiares também influenciaram a percepção pública sobre o comando e a sucessão no banco.

Lucro do Bradesco continua em alta

Em 2024, a instituição voltou ao protagonismo com lucro de R$ 19,554 bilhões, alta de 20% em relação a 2023. Mesmo décadas após a morte de seu fundador, a história do Bradesco segue marcada por crescimento, inovação e adaptação.

Se você quer conhecer todos os detalhes dessa trajetória de superação, visão e estratégia, assista ao vídeo ao final desta matéria. A história do Bradesco contada em imagens vai te inspirar a enxergar o mercado financeiro com outros olhos.

A história do Bradesco prova que não existe sucesso sem esforço. Amador Aguiar superou limites, rompeu barreiras e criou valor onde poucos enxergavam oportunidade. Além disso, ele venceu porque quis, estudou, caiu e levantou. Para escrever sua própria história, é preciso mais do que talento: é preciso coragem, disciplina, perseverança e visão. Afinal, quem constrói um legado sabe que não há atalhos — há caminho, escolha e atitude. Que essa trajetória inspire você a transformar sua realidade, com ação e propósito.