Em um gesto que pode redefinir o rumo do conflito, Donald Trump afirmou na segunda-feira (18/08), durante encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que não tem dúvidas de que Vladimir Putin também deseja o fim da guerra na Ucrânia. O anúncio foi feito na Casa Branca, diante de líderes da União Europeia e da Otan, e incluiu ainda a proposta de uma reunião trilateral com o presidente russo.
O republicano disse que ligaria para Putin após a reunião com Zelensky e se mostrou confiante em um acordo pacífico. “Eu não tenho dúvidas que chegaremos a um acordo de paz. Temos sete líderes de grandes países e falaremos sobre essa questão”. Disse, Donald Trump.
Fim da guerra na Ucrânia com territórios em evidência
Zelensky reafirmou que a Ucrânia não aceitará a perda de territórios. A posição veio em resposta ao receio europeu de que os EUA pressionem Kiev a aceitar exigências de Moscou, como a manutenção da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
A agenda em Washington aconteceu dois dias após Trump se encontrar com Putin no Alasca, onde uma esperada trégua terminou sem resultado.
Bombardeios durante a visita
Enquanto os líderes negociavam soluções sobre o fim da guerra na Ucrânia, a Rússia lançou o maior ataque aéreo desde julho. Segundo a Força Aérea ucraniana, Moscou disparou 270 drones e 10 mísseis durante a madrugada desta terça-feira (19/08).
Pelo menos 10 pessoas morreram em cidades como Zaporizhzhia e Kharkiv. Mais de 1.400 casas e 119 empresas ficaram sem energia após ofensiva em Poltava. Apesar da escalada militar, Trump insiste que o fim da guerra na Ucrânia é possível e prometeu novas tentativas de negociações com Zelensky e Putin.