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Países árabes miram produtos do agro brasileiro após tarifaço

Produtos do agro brasileiro, como café e carne bovina, têm potencial de crescimento no mundo árabe. Em 2024, o Brasil exportou US$ 23,6 bi para 22 países da região. A Câmara Árabe-Brasileira propõe redirecionar vendas afetadas pelo tarifaço dos EUA.
Produtos do agro brasileiro ganham espaço em países árabes
Produtos do agro brasileiro ganham espaço em países árabes após tarifas dos EUA (Imagem Ilustrativa).

As tarifas impostas pelos Estados Unidos abriram espaço para uma guinada estratégica nas exportações brasileiras. Nesta quarta-feira (20/08), a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira apresentou ao governo federal uma proposta para redirecionar produtos do agro brasileiro a países árabes, com foco em café e carne bovina. A iniciativa busca reduzir a dependência do mercado americano e fortalecer a diversificação dos destinos.

Países árabes ampliam demanda por produtos do agro brasileiro

A estratégia prioriza mercados como Arábia Saudita, Egito e Argélia, que no último ano importaram US$ 905 milhões em café. Apenas 13,4% desse volume foi fornecido pelo Brasil, o que revela oportunidade significativa de crescimento.

Segundo a Câmara, o bloco árabe já movimenta cifras bilionárias. Em 2024, as compras brasileiras atingiram US$ 23,6 bilhões, mas ainda há espaço para avanço em pelo menos 13 produtos do agro brasileiro, com o café no topo da lista.

Café é prioridade para os países árabes

De acordo com Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara Árabe-Brasileira, os produtos do agro brasileiro possuem qualidade, preço competitivo e volume para ampliar presença. No entanto, ele ressalta que o avanço depende de maior proximidade diplomática:

“O árabe valoriza muito relacionamento. O vínculo já é positivo, mas pode ser ampliado”, afirmou.

Carne bovina também abre novas frentes

Além do café, a carne bovina congelada surge como produto estratégico. Em 2024, países como Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita importaram US$ 2,26 bilhões em carne, sendo 43% de origem brasileira. A Câmara avalia que esse percentual pode crescer com novas negociações e reforço da diplomacia econômica.

O projeto amplia a relevância dos produtos do agro brasileiro nos países árabes. Para as empresas, isso significa reduzir riscos, abrir novos mercados e manter competitividade global em meio às disputas tarifárias internacionais.

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