O avanço de 11,5% da agropecuária de Pernambuco em 2024, frente a 4,9% do PIB estadual, marca o contexto da Agrinordeste 2025. Entre 4 e 7 de setembro, o evento será realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, reunindo produtores rurais, empresários e gestores públicos. A programação inclui debates sobre negócios, uso de tecnologia no campo e estruturação das cadeias produtivas no Estado.
Feira conecta campo e cidade
Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, o desempenho do setor confirma dinamismo e competitividade.
“O crescimento da agropecuária estadual mostra que o setor é dinâmico e competitivo. Merece um espaço como a Agrinordeste para gerar negócios e compartilhar conhecimento”, afirma.
Ele observa que a feira envolve consumidores urbanos, agricultura familiar e pecuária regional, destacando a integração entre diferentes segmentos do setor.
Apoio institucional garante robustez à Agrinordeste 2025
A edição da Agrinordeste 2025 conta com apoio de Sebrae-PE, Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Senar Nacional, Senar Pernambuco, Banco do Nordeste e Bayer. Também participam Sistema OCB/PE, Sudene, Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e Conselho Federal de Medicina Veterinária.
A feira terá programação voltada à produção local, ao empreendedorismo rural, à sustentabilidade e à inovação no campo. O Nordeste é tratado como polo relevante do agronegócio brasileiro, com participação crescente no mercado consumidor.
Crise do crédito rural expõe fragilidade do setor
A Agrinordeste 2025 acontece em um momento delicado para o financiamento agrícola. O Banco do Brasil, um dos principais fornecedores de crédito ao campo, registrou inadimplência recorde de R$ 12,73 bilhões no segundo trimestre de 2025. O resultado derrubou em 60% o lucro da instituição, refletindo os efeitos da dívida rural sobre o sistema financeiro.
Ao todo, 808 clientes estão em recuperação judicial, somando R$ 5,4 bilhões em contratos monitorados. O cenário expõe a fragilidade das atuais políticas de crédito e pressiona o debate sobre sustentabilidade do agronegócio, em um momento em que produtores buscam apoio para manter a competitividade.