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EUA podem enfrentar recessão técnica após revisão de empregos

Revisão do governo dos EUA mostra que a criação de emprego foi superestimada em 911 mil postos entre março de 2024 e junho de 2025. A taxa de desemprego subiu para 4,3% em agosto, pressionando a política econômica.
Mercado de trabalho dos EUA e economia americana
Mercado de trabalho dos EUA de Trump reflete os desafios da economia americana (Imagem: Descrição)

O Bureau of Labor Statistics (BLS) revisou para baixo em 911 mil o número de empregos criados nos Estados Unidos entre março de 2024 e junho de 2025. O dado, divulgado nesta terça-feira (09/09), trouxe à tona fragilidades até então mascaradas por projeções otimistas e reforçou a percepção de que EUA podem enfrentar recessão técnica caso a tendência de desaceleração se prolongue.

EUA podem enfrentar recessão técnica com revisão de empregos

A revisão representa uma queda média mensal de 76 mil vagas. Antes da correção, o governo estimava 1,8 milhão de novos postos de trabalho no período, mas o número final caiu para cerca de 900 mil. Em agosto, apenas 22 mil vagas foram criadas, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,3%. Esse enfraquecimento reforça os alertas de economistas de que o risco de recessão técnica americana ganhou relevância.

Tarifas de Trump e pressões industriais

Analistas apontam que as tarifas de importação do presidente norte-americano Donald Trump, implementadas para proteger empregos, estão encarecendo insumos e reduzindo margens de contratação. Indústrias dependentes de produtos importados enfrentam custos maiores, e setores exportadores, como a agricultura, sofrem com retaliações comerciais. O efeito líquido tem sido limitado, e não há ganhos claros no agregado do emprego industrial, ampliando as chances de que os EUA possam enfrentar recessão técnica já em 2025.

Fed sob pressão em meio ao risco de que EUA podem enfrentar recessão técnica

Com os dados negativos, cresce a pressão sobre o Federal Reserve (Fed) para rever sua política de juros. Enquanto parte do governo cobra cortes mais agressivos para evitar uma retração econômica mais forte, o banco central enfrenta o dilema de não comprometer a luta contra a inflação. Esse impasse reforça o debate sobre o quanto a política monetária pode influenciar o risco de recessão nos EUA.

Incerteza eleitoral e risco de recessão

O ambiente político também contribui para a incerteza. A disputa eleitoral de novembro gera cautela nos investimentos, retardando contratações e expansão de empresas. Diante desse cenário, economistas destacam que EUA podem enfrentar recessão técnica já em 2025, caso o mercado de trabalho continue a perder fôlego.

Embora não seja o cenário base, a probabilidade de recessão técnica nos EUA ganhou força com a revisão dos números oficiais e deve influenciar decisões de política econômica nos próximos meses.

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