O setor de serviços brasileiro cresceu 0,6% em agosto, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (14/10). O aumento sucede a alta de 0,3% em julho, consolidando o segundo mês consecutivo de expansão.
O setor opera 0,7% acima do nível pré-pandemia (fev/2020) e acumula alta de 3,4% em 12 meses.
Esses resultados indicam estabilidade, sustentada por demanda firme de empresas e consumidores, com destaque para logística e tecnologia.
Setores que sustentaram o crescimento da Pesquisa Mensal de Serviços IBGE
O avanço de agosto foi disseminado em três dos cinco grupos pesquisados pelo IBGE.
Entre os destaques:
- Transportes, serviços auxiliares e correio: alta de 1,1%, impulsionada pelo aumento do transporte de cargas e da mobilidade urbana.
- Informação e comunicação: crescimento de 0,8%, apoiado em tecnologia e serviços corporativos digitais.
- Serviços prestados às famílias: avanço de 0,5%, beneficiado pela renda real e pelo turismo interno.
Por outro lado, houve recuos pontuais:
- Outros serviços (-0,3%);
- Serviços profissionais e administrativos (-0,4%).
Segundo o IBGE, a recuperação dos serviços continua ancorada em transportes e tecnologia, mas com sinal de acomodação após as fortes altas do primeiro semestre.
Diferenças regionais e impacto no trimestre da Pesquisa Mensal de Serviços IBGE
A alta foi observada em 14 das 27 unidades da federação. Os maiores crescimentos ocorreram em:
- Minas Gerais: +1,2%;
- São Paulo: +0,9%;
- Rio de Janeiro: +0,8%.
Entre as quedas:
- Bahia: -1,1%;
- Goiás: -0,7%.
O IBGE ressalta que as variações regionais refletem a estrutura diversificada do setor: transportes e comunicação sustentam o crescimento no Sudeste, enquanto serviços às famílias ganham peso em regiões com economia voltada ao turismo.
Com o resultado de agosto, o setor acumula alta de 2,6% no ano, mantendo ritmo moderado, porém consistente.
Além disso, o indicador segue acima da média histórica, mas sem sinais de aceleração forte.
Peso macroeconômico e leitura conjuntural da Pesquisa Mensal de Serviços IBGE
O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB, continua sendo o principal eixo da economia brasileira.
O desempenho de agosto reforça um cenário de estabilidade, com variações mensais pequenas, mas constantes.
Essa dinâmica está alinhada à desinflação mais lenta dos serviços e à manutenção do consumo interno em patamar elevado, sustentado por emprego e crédito.
O IBGE observa que o comportamento de 2025 mostra “pequenas oscilações mensais e tendência de estabilidade”, o que indica maturação da recuperação pós-pandemia. Enquanto isso, o crescimento de transportes e TIC compensa a fraqueza de segmentos corporativos.
Estrutura e próximos passos do setor
A publicação do IBGE mostra que o padrão de 2025 apresenta menor volatilidade e maior dependência de setores estruturais, como logística e tecnologia. Além disso, o relatório reforça o papel dos serviços como vetor de sustentação da economia, mesmo em cenário de juros em queda gradual e inflação sob controle. O setor mantém trajetória positiva em meio ao ambiente de juros em declínio, sustentado por consumo interno firme e recuperação do turismo, é o que conclui o relatório do IBGE.