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Inflação de outubro sobe, relata FGV; veja setores que mais pesaram

A inflação de outubro subiu 0,45% na segunda quadrissemana, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O aumento foi impulsionado por energia elétrica, alimentação e vestuário, enquanto o índice acumulou 3,93% em doze meses. Habitação e serviços residenciais concentraram a maior alta do período, revertendo parte da desaceleração observada no início do mês.
ista urbana com prédios residenciais ilustra impacto do grupo Habitação na inflação de outubro.
Mesmo com desaceleração de 1,62% para 1,04%, Habitação manteve a maior pressão entre as classes avaliadas pelo indicador. (Imagem: Wikimedia)

A inflação de outubro voltou a subir, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em relatório divulgado hoje (16/10). O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,45% na segunda quadrissemana (16/09 – 15/10), após avanço de 0,33% no período anterior. Em doze meses, o índice acumula 3,93%, sinalizando pressão moderada sobre os preços ao consumidor.

O IPC-S é um termômetro da inflação nas principais capitais brasileiras, calculado pela FGV. O índice mede a variação média dos preços de bens e serviços consumidos por famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos. Assim, o IPC-S antecipa tendências da inflação oficial, indicando se o custo de vida está subindo ou recuando antes da divulgação de índices mensais mais amplos, como o IPCA.

Inflação de outubro: quais grupos subiram e quais caíram?

O aumento foi impulsionado principalmente por Habitação, que manteve o maior peso no indicador pelo segundo mês consecutivo, mesmo com desaceleração de 1,62% para 1,04%. Além disso, a tarifa de eletricidade residencial subiu 3,45%, após salto de mais de 7% na leitura anterior, enquanto condomínios residenciais avançaram 1,57%. O grupo Educação, Leitura e Recreação também teve impacto expressivo na inflação de outubro, com alta de 1,07%, puxada por passagens aéreas, que aumentaram 6,73%.

Em contrapartida, quatro classes de despesa registraram desaceleração:

  • Transportes: de 0,40% para 0,37%
  • Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,05% para 0,03%
  • Habitação: de 1,62% para 1,04%
  • Educação, Leitura e Recreação: de 2,13% para 1,07%

Dessa forma, os maiores recuos individuais vieram de:

  • Desodorante: de -7,36% para -8,13%
  • Perfume: de -2,31% para -1,98%
  • Cebola: de -9,69% para -10,06%
  • Arroz: de -1,91% para -2,50%
  • Batata-inglesa: de -7,69% para -6,56%

Por outro lado, quatro grupos aceleraram:

  • Despesas Diversas: de -0,13% para 0,16%
  • Alimentação: de -0,05% para 0,04%
  • Vestuário: de 0,14% para 0,43%
  • Comunicação: de 0,07% para 0,21%

Entre os itens com maior contribuição para a inflação de outubro, também se destacaram roupas de meia-estação, produtos industrializados e serviços de internet.

Ritmo de preços tende a estabilizar

A energia elétrica, os serviços residenciais e os alimentos processados voltaram a pressionar a inflação de outubro, revertendo parte da trégua observada no início do mês. Segundo a FGV, o aumento foi disseminado em diferentes segmentos, mas manteve ritmo controlado em relação ao histórico anual.

Com o IPC-S acumulando 3,93% em 12 meses, a inflação de outubro segue dentro do intervalo da meta. Se a desaceleração de energia e transportes se confirmar nas próximas medições, o impacto sobre o consumo e a política monetária deve permanecer limitado até o fim de 2025, mantendo a expectativa de estabilidade no custo de vida urbano.

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