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Dólar hoje: moeda recua após CPI dos EUA reforçar expectativa de corte de juros

O dólar hoje caiu para a faixa de R$ 5,37 após o CPI dos Estados Unidos vir abaixo do esperado e reforçar apostas de corte de juros pelo Federal Reserve. O movimento acompanhou a queda dos rendimentos dos Treasuries e a desvalorização global da moeda americana. No Brasil, o IPCA-15 de outubro mostrou desaceleração da inflação, mas teve pouco impacto no câmbio. O Banco Central anunciou novas operações de swap e venda de dólares para conter o cupom cambial e garantir liquidez no mercado à vista.
dólar hoje cai após CPI dos EUA e aposta em corte de juros pelo Fed
O dólar hoje recua frente ao real após dados de inflação dos EUA reforçarem expectativa de corte de juros pelo Fed. (Imagem: Pexels)

O dólar hoje opera em queda frente ao real nesta sexta-feira (24/10), acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O dado mensal, lançado hoje (24/10), reforçou as apostas de que o Federal Reserve, a Reserva Federal Americana, poderá iniciar um ciclo de cortes de juros ainda este mês.

Hoje pela manhã, o dólar à vista recuava 0,13%, cotado a R$5,3788, após atingir mínima de R$5,3609 logo após a divulgação do CPI. O contrato futuro da moeda americana na B3 também registrava leve baixa, negociado a R$5,3875. No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra seis divisas de economias desenvolvidas, caía 0,11%, a 98,829 pontos, refletindo a tendência global de desvalorização.

CPI dos EUA impulsiona apostas no Fed

O CPI norte-americano subiu 0,3% em setembro e acumula alta de 3,0% em 12 meses, abaixo das previsões de 0,4% e 3,1% projetadas por economistas consultados pela Reuters. Excluindo alimentos e energia, o núcleo do índice avançou 0,2% no mês e também 3,0% em um ano, reforçando o cenário de desinflação gradual nos Estados Unidos.

Os dados mais brandos levaram os rendimentos dos Treasuriestítulos do Tesouro americano — a recuar, especialmente nos prazos curtos. Essa queda pressiona o dólar globalmente e favorece moedas emergentes, como o real, que se beneficiam de operações de carry trade apoiadas em juros domésticos elevados.

Saiba mais sobre a inflação nos EUA:

Intervenção do Banco Central e dinâmica local

No Brasil, o Banco Central (BCB) realizou leilão de 40 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 3 de novembro. Além disso, anunciou novas operações simultâneas para a próxima segunda-feira. Trata-se da venda de US$1 bilhão à vista e venda de 20 mil contratos de swap reverso, equivalentes a outro US$1 bilhão. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira (23/10).

Essas medidas têm efeito neutro sobre a exposição cambial, mas ajudam a irrigar o mercado à vista e reduzir o cupom cambial. É o que explicou Sérgio Goldenstein, consultor da Eytse Estratégia.

“O objetivo aqui é conter o cupom cambial e evitar distorções de liquidez. É possível que o BC tenha mapeado um fluxo mais forte de saída de dólares nos próximos dias”, avaliou o especialista.

IPCA-15 de hoje mostra alívio da inflação brasileira quanto ao dólar

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, avançou 0,18% em outubro, após alta de 0,48% em setembro. No acumulado de 12 meses, a taxa recuou de 5,32% para 4,94%, sinalizando continuidade do processo desinflacionário doméstico. Apesar disso, o dado teve impacto limitado sobre o câmbio, que segue sensível aos indicadores norte-americanos.

Perspectivas para o câmbio e juros

A expectativa de corte de juros pelo Fed tende a manter o dólar sob pressão no curto prazo. Isso especialmente se novos dados de atividade nos Estados Unidos confirmarem desaceleração consistente. Contudo, analistas alertam que fatores locais — como fluxos de remessas e decisões do BCB — continuam determinantes para o comportamento do real.

Dólar hoje: olhar adiante sobre a cotação da moeda

A trajetória do dólar nas próximas semanas dependerá do balanço entre política monetária global e fluxo financeiro doméstico. Todavia, caso o Fed confirme a redução dos juros, após a divulgação do CPI, e o BCB mantenha seu programa de swaps, o real pode consolidar ganhos moderados. Entretanto, a volatilidade tende a permanecer elevada diante das incertezas fiscais e geopolíticas que seguem pressionando os mercados internacionais.

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