O resultado da Gerdau no terceiro trimestre de 2025 (3T25), divulgado na quinta-feira (30/10), confirmou um trimestre de equilíbrio operacional e força regional, com lucro líquido ajustado de R$ 1,09 bilhão e EBITDA de R$ 2,7 bilhões (margem de 15,2%). A América do Norte foi o principal motor de desempenho, respondendo por 65% do resultado consolidado, compensando pela queda no EBITDA no Brasil.
Além disso, o avanço de 6,9% no EBITDA em relação ao trimestre anterior reflete o aumento da demanda por aço e a redução das importações após o reforço das tarifas da dos Estados Unidos, que podem ser alteradas após encontro de Lula e Trump em 26/10.
Principais destaques do desempenho trimestral da Gerdau (3T25):
- Receita líquida: R$ 18,0 bilhões (+2,6% vs 2T25; +3,5% a/a)
- Lucro líquido ajustado: R$ 1,09 bilhão (+26,2% vs 2T25)
- EBITDA ajustado: R$ 2,7 bilhões (margem de 15,2%)
- Vendas de aço: 3,1 milhões de toneladas (+9% vs 2T25)
- Fluxo de caixa livre: R$ 1,0 bilhão (liberação de R$ 300 milhões em capital de giro)
- Dívida líquida/EBITDA: 0,81x (redução ante 0,85x no 2T25)
- CAPEX: R$ 1,7 bilhão (77% investido no Brasil)
Resultado reflete contraste entre regiões
Na América do Norte, o EBITDA de R$ 1,82 bilhão cresceu 43,1% em relação ao ano anterior e 11,3% sobre o trimestre anterior, alcançando a melhor marca dos últimos dois anos. Assim, com o resultado do desempenho, a Gerdau manteve sua carteira de pedidos em cerca de 70 dias, acima da média histórica, sustentada pela demanda dos setores de construção não residencial e energia renovável.
No Brasil, a performance da Gerdau sofreu um revés. A margem EBITDA recuou para 9,9%, afetada pela penetração de aço importado, que atingiu 22,9% do consumo interno, segundo o Instituto Aço Brasil. Porém, o aumento de 16,6% nas vendas compensou parcialmente a queda de preços, apoiado pelo avanço das exportações e pela melhora operacional da planta de Ouro Branco (MG).
Na América do Sul, o EBITDA chegou a R$ 234 milhões, com margem de 17%, principalmente devido ao melhor mix de produtos na Argentina e no Peru.
Investimentos e distribuição reforçam desempenho
Os investimentos em CAPEX somaram R$ 1,7 bilhão, com foco na expansão e modernização industrial. Entre os destaques:
- Conclusão do ramp-up da linha de bobinas a quente em Ouro Branco (MG);
- Avanço de 90% do projeto de mineração sustentável de Miguel Burnier, com operação prevista para o fim de 2025;
- Início do comissionamento da unidade Solar Pile (EUA), voltada a estacas solares;
- Plano de CAPEX 2026 estimado em R$ 4,7 bilhões, 22% abaixo de 2025.
A Gerdau aprovou R$ 555 milhões em dividendos (R$ 0,28/ação) e já executou 88% do programa de recompra de ações, equivalente a 56,8 milhões de papéis. Assim, o valor de mercado da companhia fechou setembro em R$ 31,6 bilhões, com ratings estáveis (S&P e Fitch: brAAA/BBB; Moody’s: Baa2).
Perspectivas e evolução da performance da Gerdau
Dessa forma, a performance da Gerdau deve continuar apoiada pela operação norte-americana e pela maturação dos novos investimentos industriais. Para 2026, o CAPEX previsto é de R$ 4,7 bilhões, priorizando competitividade e manutenção. A empresa, portanto, projeta continuidade da geração robusta de caixa, estabilidade cambial e recuperação gradual das margens no Brasil.
Para saber mais, acesse o press release completo com os resultados da Gerdau no terceiro trimestre de 2025.
Confira também o calendário completo de divulgação dos resultados trimestrais das outras empresas da B3.










