A Pesquisa CNT de Opinião, realizada entre (19/11 e 23/11) com 2.002 entrevistas presenciais, revela que Luís Inácio Lula da Silva mantém vantagem nas simulações feitas para as eleições presidenciais de 2026.
O estudo, realizado pela Confederação Nacional de Trânsito (CNT) junto ao Instituto MDA e divulgado nesta terça-feira (25/11), mostra liderança consistente do presidente em cenários de primeiro e segundo turnos. O levantamento também indica melhora gradual das expectativas econômicas, fator que contribui para a leitura política atual.
Na intenção estimulada, Lula registra 38,8%, enquanto Jair Bolsonaro alcançaria 27%. Já na preferência espontânea, sem apresentação de nomes, Lula tem 32% e Bolsonaro soma 18%, em meio a um contingente expressivo de indecisos. Segundo o MDA, cerca de um terço do eleitorado demonstra preferência por alternativas fora dos dois polos centrais, mas ainda sem liderança clara.
Eleições Presidenciais 2026: cenários de 1º e 2º turnos avaliados pela CNT
A CNT mediu intenção de voto estimulada, apresentando aos entrevistados uma lista de candidatos potenciais à Presidência.
1º turno — cenário principal (intenção estimulada):
- Lula: 38,8%
- Jair Bolsonaro: 27%
- Demais candidatos individuais: abaixo de 10% cada
- Brancos/nulos: 16,6%
- Indecisos: 7,6%
Na pergunta espontânea, a distribuição foi:
- Lula: 32%
- Bolsonaro: 18%
- Indecisos: 33%
2º turno — confrontos diretos simulados pela CNT:
As porcentagens representam a resposta caso apenas dois nomes disputassem a eleição.
- Lula 49,2% x Bolsonaro 38,9%
- Lula 45,7% x Tarcísio de Freitas 39,1%
- Lula 45,8% x Ratinho Jr. 38,7%
- Lula 47,9% x Romeu Zema 33,5%
O presidente supera todos os adversários testados, com margens mais amplas nos cenários sem Bolsonaro. Cenário este que já se encontra consolidado após a prisão do ex-presidente no último sábado (22/11).
Cenários estimulados alternativos para corrida eleitoral de 2026
A CNT avaliou também alternativas de 1º turno sem Bolsonaro, inserindo nomes do campo oposicionista que ganharam relevância nacional ao longo de 2025. Nessa composição, Lula amplia a margem e mantém liderança folgada sobre todos os candidatos apresentados, reforçando o peso da fragmentação oposicionista.
O estudo mostra que, mesmo com ajustes na lista de concorrentes, as eleições presidenciais de 2026 continuam concentradas em torno de Lula e do núcleo bolsonarista, embora nenhum nome secundário tenha demonstrado capacidade de reordenar o quadro nacional até o momento.
Quem desponta como possível candidato e a leitura do eleitor
A pesquisa investigou também quais governadores o eleitor considera mais aptos a concorrer à Presidência, nas eleições presidenciais de 2026. Nesse recorte, surgem:
- Tarcísio de Freitas (Partido Republicados, São Paulo)
- Ratinho Jr. (PSD, Paraná)
- Romeu Zema (PN, Minas Gerais)
Esses nomes figuram como referências no campo opositor a Lula, embora ainda não tenham alcançado desempenho capaz de alterar as tendências principais nas simulações nacionais.
Perspectivas da votação nacional
O comportamento do eleitor que rejeita os dois polos tende a influenciar diretamente o avanço da votação nacional ao longo de 2026. A melhora gradual das expectativas econômicas, com destaque para o aumento de 32% para 39% entre os que projetam melhora no emprego, sustenta o ambiente atual, mas não elimina a possibilidade de reconfigurações conforme partidos definem estratégias e candidaturas ganham força regional.
Por fim, o que se vê é um ciclo eleitoral que se encaminha para uma disputa marcada pela estabilidade no topo e pela busca de espaço entre grupos intermediários. E é a decisão desses grupos intermediários que pode redefinir alianças na fase final das eleições presidenciais de 2026.











