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Logística rodoviária no Brasil melhora em 2025, mas custo segue elevado

A logística rodoviária no Brasil melhorou em 2025, mas custos elevados com pavimento, frete e diesel seguem pressionando empresas e preços finais.
logística rodoviária no Brasil com rodovia pavimentada usada no transporte de cargas
Logística rodoviária no Brasil depende da qualidade das rodovias para reduzir custos operacionais e ampliar eficiência do transporte de cargas.

A logística rodoviária no Brasil apresentou melhora nos indicadores de qualidade em 2025, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias divulgada em (17/12), mas os custos associados ao transporte seguem altos e afetam a competitividade empresarial. O levantamento mostra que 37,9% da malha avaliada passou a ser classificada como Ótima ou Boa, acima dos 33% registrados no ano anterior.

Embora os dados indiquem evolução, o estudo revela que 43% das rodovias ainda permanecem em condição Regular. Além disso, 19,1% seguem avaliadas como Ruins ou Péssimas, um patamar que mantém pressão direta sobre cadeias de suprimento, prazos logísticos e formação de preços no setor produtivo.

Do ponto de vista operacional, a CNT estima que as condições do pavimento elevam em 31,2% o custo do transporte rodoviário. Esse impacto se reflete em fretes mais caros, menor previsibilidade logística e perda de eficiência para indústrias, varejo e agronegócio, segmentos fortemente dependentes da infraestrutura de transporte terrestre.

Outro dado relevante envolve o consumo excessivo de insumos. Em 2025, a má qualidade das vias provocou gasto adicional de 1,2 bilhão de litros de diesel, gerando prejuízo de R$ 7,21 bilhões aos transportadores. Além disso, a logística rodoviária no Brasil contribuiu para a emissão de 3,22 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, ampliando custos ambientais e regulatórios.

Logística rodoviária no Brasil e gestão das rodovias

A pesquisa também destaca diferenças claras entre modelos de gestão. Nas rodovias concedidas à iniciativa privada, os trechos classificados como Ruins caíram 61,6% em um ano. Já nas vias sob gestão pública, a redução foi menor, de 23,3%, o que mantém gargalos relevantes em corredores logísticos estratégicos.

Segundo Vander Costa, presidente do Sistema Transporte, as concessões ajudam a elevar o padrão das vias ao garantir manutenção contínua e investimentos previsíveis. Ainda assim, ele avalia que o avanço atual não atende plenamente às necessidades do setor produtivo.

Desempenho logístico e competitividade empresarial

Para Fernanda Rezende, diretora-executiva da CNT, a superação dos entraves históricos da logística rodoviária no Brasil passa por soluções que ampliem a capacidade de investimento e reduzam o peso fiscal sobre o transporte. Ela aponta que a falta de atratividade para capital privado agrava a desigualdade regional, sobretudo no Norte e Nordeste.

Nesse contexto, a eficiência logística rodoviária segue como variável central para decisões de investimento, custos de produção e competitividade das empresas. Enquanto os indicadores técnicos avançam, o desafio econômico permanece: transformar melhora pontual da malha em redução estrutural de custos e maior previsibilidade para o setor produtivo.

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