O Brasil alcançou um total de 9 milhões de turistas estrangeiros em 2025, segundo a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). O total recoloca o turismo internacional no Brasil como um vetor relevante da atividade econômica ao longo do ano, pois trata-se de um aumento de 40% em relação a 2024 quando o país recebeu 6,77 milhões de estrangeiros,
Esse avanço no fluxo ocorre em paralelo a um salto de receita. No primeiro semestre de 2025, o turismo faturou R$ 108 bilhões no país, de acordo com a FecomercioSP, com base no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só em fevereiro, visitantes estrangeiros injetaram US$ 823 milhões na economia, refletindo gastos em hotelaria, alimentação, transporte aéreo e serviços associados.
Turismo internacional no Brasil e o impacto econômico regional
Para dimensionar o efeito econômico do turismo internacional no Brasil, o recorte considera polos com dados públicos recentes, metodologias recorrentes e papéis distintos no setor. Tudo combinando um hub urbano consolidado, um polo de expansão regional e destinos com peso estrutural.
Portanto, entre os principais polos turísticos brasileiros, o recorde de turistas internacionais revela o impacto que o turismo internacional exerce sobre a economia do Brasil. Em 2025, os efeitos aparecem de forma mais clara em regiões como:
Rio de Janeiro
- R$ 24,5 bilhões gerados na economia da cidade entre janeiro e novembro de 2025, de acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Riotur;
- R$ 14,5 bilhões no primeiro semestre, segundo levantamento da Riotur em parceria com o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Rio de Janeiro (IFec RJ);
- 1,97 milhão de turistas internacionais até novembro, com alta de 45,9% ante 2024, segundo a Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro (Setur-RJ).
Ceará
- R$ 6,6 bilhões movimentados no primeiro semestre de 2025, de acordo com a Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE);
- Cerca de 1,7 milhão de visitantes no período semestral, segundo a Setur-CE.
Bahia
- Atividade de turismo internacional acima da média no Brasil no primeiro trimestre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
- Avanço do faturamento ao longo do ano, segundo balanços da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA).
São Paulo
- Maior polo de turismo corporativo do país, com impacto direto sobre hotelaria e serviços;
- Alta da atividade turística em 2025, de acordo com dados do IBGE e da FecomercioSP.
Em conjunto, os dados indicam que o turismo internacional no Brasil produz efeitos mensuráveis tanto em destinos consolidados quanto em polos regionais, ampliando a distribuição geográfica da renda turística.
Turismo internacional no Brasil, aviação e estratégia institucional
A Embratur atribui parte do avanço do turismo internacional no Brasil à expansão da conectividade aérea, que cresceu 16% em 2025. A recuperação do Aeroporto Internacional do Galeão reforçou o papel do Rio de Janeiro como porta de entrada de estrangeiros, enquanto novas rotas ampliaram o acesso a outros destinos.
- Expansão da malha aérea internacional
- Reativação de hubs estratégicos
- Integração entre aviação e promoção turística
Além da aviação, a agência destaca o uso de inteligência de dados para orientar a estratégia. “Hoje sabemos quando o alemão vem para cá, para onde ele vem, o tempo que ele fica”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Segundo ele, há diferenças claras por nacionalidade: norte-americanos tendem a consumir produtos ligados ao afro-turismo, argentinos priorizam sol e praia, enquanto franceses demonstram maior interesse por cultura e gastronomia.
Trajetória do turismo estrangeiro no país
O avanço do turismo internacional no Brasil em 2025 combina conectividade aérea, leitura detalhada do comportamento do visitante e diversificação de produtos turísticos. Segundo a Embratur, esse arranjo tende a influenciar decisões de investimento, planejamento regional e políticas públicas em 2026, à medida que estados com dados consolidados transformam o fluxo de turistas em receita recorrente. A manutenção dessa estratégia deve definir o papel do turismo internacional no Brasil no próximo ciclo econômico.











