A Casa dos Ventos deu um novo passo em sua estratégia de inovação ao fechar um acordo para desenvolver a maior torre eólica já projetada no Brasil. A iniciativa integra o chamado Projeto Everest, que prevê a construção de um protótipo com 166 metros de altura e um investimento total de R$ 94,9 milhões, segundo informações inicialmente divulgadas pela Forbes Brasil.
O projeto resulta de uma parceria entre a Casa dos Ventos, a fabricante chinesa Goldwind, responsável pelas turbinas, e a Cortez Engenharia, encarregada da execução da obra. Além disso, conta com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Segundo a Casa dos Ventos, o objetivo do projeto é acessar ventos mais fortes e constantes em altitudes mais elevadas. Portanto, a operação busca elevar o desempenho dos parques eólicos.
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Casa dos Ventos aposta em torre com tecnologia inédita no país
O diferencial técnico do Projeto Everest está na adoção de uma solução de concreto pré-moldado auto içável. Essa tecnologia elimina a necessidade de guindastes de grande porte para torres acima de 135 metros, equipamentos que hoje não estão disponíveis no Brasil. Na prática, isso reduz custos de instalação, operação e manutenção, além de ampliar o fator de capacidade dos parques eólicos.
Quando considerada a medição do solo até a ponta da pá, a estrutura alcançará 257 metros, patamar ainda inédito no mercado brasileiro. A Casa dos Ventos também testa, pela primeira vez no país, um sistema de união de duas semitorres pré-montadas em escala ampliada. A etapa, portanto, é considerada decisiva para validar o desempenho estrutural do modelo.
Principais dados do Projeto Everest:
- Altura da torre: 166 metros
- Altura total até a ponta da pá: 257 metros
- Investimento total: R$ 94,9 milhões
- Parceiros industriais: Goldwind e Cortez Engenharia
- Apoio financeiro: Finep
Nesse cenário, a Casa dos Ventos avalia que a validação em escala real é fundamental para viabilizar a adoção comercial da tecnologia em projetos futuros. Assim, a companhia reforça sua estratégia de longo prazo voltada ao ganho de eficiência e competitividade da geração eólica no Brasil. Inclusive, em um contexto de maior pressão por redução de custos e melhor aproveitamento das fontes renováveis no sistema elétrico nacional.











