As tarifas dos EUA contra a China voltaram ao centro do debate comercial e tecnológico global após novas medidas americanas sobre semicondutores. Em reação, o governo chinês acusou Washington de adotar uma “imposição arbitrária de tarifas” que, segundo Pequim, afeta o equilíbrio das cadeias globais de suprimentos.
A crítica foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, durante coletiva de imprensa. Segundo ele, as ações americanas não apenas atingem a indústria chinesa, como também dificultam o desenvolvimento do setor de semicondutores em outros países, com efeitos negativos para o comércio internacional.
O posicionamento ocorre após os Estados Unidos anunciarem tarifas adicionais sobre chips chineses. A alíquota inicial foi definida em 0%, mas está programada para ser elevada em junho de 2027, conforme documento a ser publicado no Federal Register, o diário oficial americano.
Tarifas dos EUA contra a China e o foco nos semicondutores
As tarifas dos EUA contra a China incidem sobre um dos setores mais sensíveis da economia global. A indústria de semicondutores depende de cadeias produtivas altamente integradas, que envolvem diferentes países em etapas como design, fabricação e montagem.
Para o governo chinês, ao impor restrições unilaterais, os Estados Unidos enfraquecem esse sistema interdependente. Lin Jian afirmou que as medidas representam uma “supressão injusta das indústrias chinesas” e acabam prejudicando tanto quem impõe as tarifas quanto os demais participantes do mercado global.
Do lado americano, a estratégia adotada prevê uma implementação gradual. Ao manter a tarifa zerada até 2027, Washington cria um período de transição, mas também introduz incerteza prolongada para empresas que operam ou dependem do fornecimento de chips chineses.
Tarifas dos EUA contra a China e o risco de escalada
Além das críticas, Pequim deixou claro que a reação pode ir além do discurso. Segundo Lin Jian, a China solicitou que os EUA revisem a decisão o mais rápido possível, com base no consenso alcançado anteriormente entre os chefes de Estado dos dois países.
Caso isso não ocorra, ele afirmou que a China adotará “medidas correspondentes” para proteger seus interesses legítimos. A declaração sinaliza que as tarifas dos EUA contra a China podem desencadear novos episódios de retaliação comercial. O que ampliou a tensão já existente na relação bilateral.
Disputa tecnológica e incerteza até 2027
O episódio reforça que a disputa entre Estados Unidos e China ultrapassa o comércio tradicional. As tarifas dos EUA contra a China fazem parte de um embate mais amplo pela liderança tecnológica, no qual semicondutores ocupam papel estratégico.
Até 2027, empresas e governos devem conviver com um ambiente de incerteza regulatória. A forma como as tarifas evoluirão, e se haverá resposta chinesa, será determinante para os investimentos no setor e para a estabilidade das cadeias globais de suprimentos nos próximos anos.











