Após a reestruturação da dívida já assimilada pelo mercado, o impacto mais relevante para o Grupo Casas Bahia está menos no anúncio em si. No caso da dívida da Casas Bahia, ele se concentra, sobretudo, nos efeitos financeiros projetados para os próximos anos. A companhia estima um alívio total de caixa de R$ 4,7 bilhões entre 2026 e 2030, resultado da redução do endividamento e da queda nas despesas financeiras futuras.
Dívida da Casas Bahia entra em nova fase após reestruturação
Nesse contexto, além do efeito direto no caixa, a empresa destacou a melhora no perfil de risco de crédito. Nesse cenário, o mercado passa a perceber a dívida da Casas Bahia com menor pressão financeira, o que altera a leitura de risco e a previsibilidade do balanço.
Com isso, a companhia viabilizou a redução de cerca de R$ 3 bilhões na dívida por meio de uma operação combinada. Nessa reconfiguração, o endividamento da companhia passou por alongamento de prazos, reorganização de passivos e redução do custo financeiro. A varejista projeta economia de R$ 1,5 bilhão em despesas financeiras, com maior previsibilidade de caixa.
A operação ganha peso diante do caráter estrutural da reestruturação, já que a companhia divulgou o fato relevante na noite da segunda-feira (29/12). No pregão desta terça-feira (30), as ações da Casas Bahia (BHIA3) encerraram cotadas a R$ 3,15, com alta de 1,94%.
Assim, ao reduzir a pressão financeira e alongar seus passivos, a dívida da Casas Bahia passa a sustentar um novo patamar financeiro. Esse cenário cria espaço para foco na execução operacional, maior disciplina de capital e recuperação gradual da confiança do mercado.











