A Intercontinental Exchange (ICE), controladora da Bolsa de Valores de Nova York, investiu US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) para adquirir até 25% da Polymarket, uma startup de tecnologia baseada em blockchain. O negócio, fechado em outubro de 2025, transformou o fundador da empresa, Shayne Coplan, com apenas 27 anos, em um dos bilionários mais jovens do mundo.
Confira no vídeo sobre Shayne Coplan
O que é a Polymarket, em termos simples
A Polymarket funciona como um mercado de apostas sobre o futuro. Nela, pessoas apostam dinheiro em eventos que ainda vão acontecer, como resultados eleitorais ou dados econômicos. Quanto mais gente aposta em um resultado, maior é o preço daquela previsão. Na prática, isso cria um indicador coletivo sobre o que as pessoas acreditam que vai acontecer.
Por que isso interessa a grandes empresas
Para a ICE, esse tipo de plataforma, como a Polymarket, gera dados valiosos. Ao reunir milhares de apostas em tempo real, a Polymarket oferece sinais sobre expectativas do mercado. Esses sinais podem ajudar empresas a tomar decisões sobre investimentos, riscos e planejamento, usando a percepção coletiva como fonte de informação.
Dados centrais do negócio
- Valor do investimento: US$ 2 bilhões
- Participação: até 25% da empresa
- Fundador: Shayne Coplan, nascido em 1998, em Nova York
- Patrimônio estimado: US$ 1 bilhão, segundo Bloomberg Billionaires Index e Forbes
A trajetória do fundador Shayne Coplan
Desde a adolescência, Coplan demonstrou interesse por mercados financeiros, base do que mais tarde se tornaria a Polymarket. Aos 14 anos, enviou um e-mail à SEC perguntando como criar novos mercados. Aos 16, conseguiu um estágio ao aparecer pessoalmente em uma startup, mesmo sem resposta prévia. Em 2014, participou da oferta inicial de moedas do Ethereum, quando o ativo ainda tinha valor muito inferior ao observado anos depois.
Questões regulatórias resolvidas
Em 2022, a Polymarket pagou multa de US$ 1,4 milhão à CFTC e bloqueou usuários dos Estados Unidos. As investigações foram encerradas em 2025. Em outubro do mesmo ano, a empresa comprou a QCX, uma exchange com licença federal, o que permitiu a retomada das operações legais no país.
Impacto no mercado tradicional
Com o aporte da ICE, a Polymarket deixa de ser apenas uma plataforma alternativa e passa a integrar o radar do mercado tradicional. O investimento bilionário sinaliza que dados baseados em expectativas coletivas começam a ganhar espaço como ferramenta real de decisão empresarial.











