A Meta compra Manus e adiciona um novo ativo estratégico à sua ofensiva em inteligência artificial. A operação, anunciada na segunda-feira (29/12), pode atingir US$ 3 bilhões, segundo fonte com conhecimento direto da negociação, embora os termos financeiros não tenham sido divulgados.
A aquisição insere a Meta em um segmento específico da corrida tecnológica: agentes de IA autônomos. Esses sistemas são capazes de tomar decisões e executar tarefas com mínima intervenção humana. A Manus ganhou notoriedade ao afirmar que desenvolveu um agente geral mais avançado do que chatbots tradicionais, como ChatGPT e DeepSeek. Com isso, a proposta rapidamente atraiu atenção global.
Fundada na China, a Manus transferiu sua sede para Cingapura meses após a viralização de seu produto no X. A mudança ocorreu em um contexto de tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China, levando diversas empresas de tecnologia a buscar jurisdições vistas como mais neutras. Atualmente, os produtos da startup não estão disponíveis no mercado chinês.
Ao anunciar que a Meta compra Manus, a companhia deixou claro que irá operar, vender e integrar a tecnologia aos seus próprios produtos. Isso inclui o Meta AI e soluções voltadas tanto para consumidores quanto para empresas, ampliando a presença da empresa em aplicações corporativas e de produtividade baseadas em IA.
Meta compra Manus e a disputa por agentes autônomos
A Manus afirma que seu agente supera o DeepResearch, da OpenAI, em testes internos, embora essas comparações dependam de métricas definidas pela própria empresa. Além disso, a startup mantém uma parceria estratégica com a Alibaba (9988.HK), colaborando no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial, o que adiciona complexidade ao ecossistema tecnológico envolvido no negócio.
Do ponto de vista setorial, a decisão de que a Meta compra Manus reforça uma tendência clara entre as big techs: acelerar o desenvolvimento interno por meio de aquisições seletivas e absorção de talentos especializados. O setor enfrenta concorrência intensa, com investimentos bilionários sendo direcionados a modelos avançados, infraestrutura computacional e software de automação inteligente.
Estratégia da Meta na inteligência artificial avançada
Mais do que um acordo financeiro, a incorporação da Manus indica como a Meta pretende se posicionar na próxima fase da inteligência artificial. Ao apostar em IA autônoma, a empresa sinaliza que vê valor crescente em sistemas capazes de agir, planejar e executar fluxos complexos. Nesse cenário, a Meta compra Manus não apenas para ampliar portfólio, mas para disputar espaço em um mercado que tende a redefinir produtividade digital e serviços baseados em dados.











