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Goldman Sachs enfrenta sanções e críticas por operações na Rússia

Goldman Sachs recebe sanções na Rússia. (Foto: Divulgação/Glassdoor)
Goldman Sachs recebe sanções na Rússia. (Foto: Divulgação/Glassdoor)
Goldman Sachs recebe sanções na Rússia. (Foto: Divulgação/Glassdoor)
Goldman Sachs recebe sanções na Rússia. (Foto: Divulgação/Glassdoor)

Na última terça-feira (27), o Banco Central da Rússia anunciou a revogação da licença de corretagem da subsidiária russa do Goldman Sachs, conhecida como Goldman Sachs Bank LLC. A revogação ocorreu após a própria subsidiária ter solicitado o cancelamento da licença em junho. O Goldman Sachs não se pronunciou imediatamente sobre a decisão.

Apesar da revogação, a subsidiária ainda mantém uma licença válida do Banco da Rússia para realizar operações financeiras em rublos e moeda estrangeira, garantindo assim uma presença limitada no mercado financeiro russo.

Goldman Sachs e a Rússia: acusações de “lavagem moral”

Em janeiro deste ano, as gigantes do setor financeiro Allianz e Goldman Sachs enfrentaram graves acusações de “lavagem moral” em suas relações comerciais com a Rússia. A Moral Rating Agency (MRA) divulgou um relatório afirmando que ambas estão entre as 12 grandes corporações que enganaram o público em relação à sua resposta à invasão da Ucrânia.

De acordo com o relatório, a Allianz foi classificada como a oitava “pior infratora”, enquanto o Goldman Sachs ocupou a 11ª posição. A análise sugere que muitas empresas, incluindo essas gigantes, que declararam publicamente sua retirada do mercado russo, na verdade, mantiveram seus investimentos no país.

Contradições e enganos

A Moral Rating Agency revelou que a resposta de várias empresas à crise foi, em muitos casos, enganosa. Elas alegaram ter saído do mercado russo, mas continuaram operando. O relatório da MRA avaliou não apenas a saída dessas empresas, mas também a rapidez, convicção e impacto de suas ações na Rússia.

A Allianz, por exemplo, deu a impressão de ter cortado seu envolvimento na Rússia pela metade, vendendo uma participação majoritária em suas operações russas. No entanto, ainda detém 49,9% de uma “empresa combinada” e continua a lucrar com suas operações no país.

A resposta do Goldman Sachs

O Goldman Sachs, em março de 2022, utilizou o termo “liquidação” para descrever suas ações em resposta à crise na Ucrânia. Contudo, a MRA questionou a clareza e a sinceridade dessa afirmação, indicando que o banco americano pode não ter se comprometido a encerrar suas operações além do que era legalmente necessário.

Mark Dixon, fundador da MRA, criticou duramente as ações do Goldman Sachs e de outras grandes corporações, afirmando que elas não apenas falharam em sair da Rússia de maneira adequada, mas também tentaram mascarar seus fracassos com declarações ambíguas e enganosas.