Open Banking começa em 1º de fevereiro no Brasil

Os bancos se não adequarem seus negócios poderão enfrentar uma perda de receitas estimada em até R$ 110 bilhões apenas no Brasil
Os bancos se não adequarem seus negócios poderão enfrentar uma perda de receitas estimada em até R$ 110 bilhões apenas no Brasil

A partir de 1º de fevereiro entrará em funcionamento no Brasil a primeira das quatro fases do Open Banking, que permitirá o compartilhamento padronizado de dados e serviços pelas instituições participantes. O Open Banking faz parte da agenda BC, que visa estimular a competição, modernizar o sistema financeiro e fomentar a educação financeira no país.

Esse movimento traz uma mudança fundamental em como os bancos estruturam seus negócios e interagem com seus clientes, uma vez que os clientes passam a ser reconhecidos como “donos” efetivos de suas informações. Essa transição vai alterar não apenas o relacionamento que os clientes têm com as instituições financeiras, mas também a dinâmica e a essência dos modelos de negócios do setor bancário, podendo redefinir todo o ecossistema de serviços financeiros do país.

Os bancos terão a oportunidade de olhar para o Open Banking sob a perspectiva do cliente, a fim de identificar suas necessidades não atendidas e pensar em como o movimento do Open Banking poderá ser usado para atendê-las, gerando mudanças positivas tanto para os bancos quanto para os consumidores.

Uma pesquisa da consultoria Roland Berger, feita para o jornal Valor, aponta que os bancos se não adequarem seus negócios poderão enfrentar uma perda de receitas estimada em até R$ 110 bilhões apenas no Brasil. A competição com fintechs, big techs e varejistas vai acontecer de forma mais intensa e efetiva.

Com o Open Banking, o consumidor poderá conectar sua conta bancária a um aplicativo que analisará sua vida financeira, resultando em sugestões de investimentos ou até mesmo na recomendação de produtos e serviços mais personalizados e com condições de custos que melhor se adaptem à sua necessidade. Outra possibilidade trazida pelo Open Banking é reunir em um único aplicativo as informações de contas em diferentes instituições, proporcionando ao consumidor uma melhor visão de toda a sua vida financeira.

O cronograma do Open Banking terá quatro fases de implementação durante o ano de 2021.

– Na primeira fase (1º de fevereiro), os participantes deverão divulgar informações de seus produtos e serviços e as características de seus produtos financeiros (exemplos: número de agências, endereços, telefones, produtos e serviços oferecidos aos clientes, assim como taxas e tarifas cobradas). Os dados ficarão disponíveis publicamente para consultas e empresas terceiras poderão desenvolver aplicativos que façam comparações entre as instituições participantes

– Na segunda fase (15 de julho) poderão ser compartilhados dados de clientes entre os participantes (informações de cadastro, de contas e operações de crédito). O compartilhamento das informações só poderá ocorrer com a autorização expressa do cliente. A troca de informações permitirá que o consumidor receba propostas financeiras de outras instituições, simulações de empréstimos e financiamentos entre diferentes participantes do sistema, ampliando assim, suas opções de escolha

A terceira fase, (30 de agosto), se refere aos serviços de iniciação de transação de pagamentos – nesta etapa deverão surgir serviços que possibilitem ao cliente fazer uma transferência ou um pagamento fora do aplicativo bancário ou do internet banking

– A quarta fase, (15 dezembro), e ainda em debate entre os participantes, se refere ao compartilhamento dos demais dados de produtos e serviços e de transações feitas pelos consumidores, como de operações de câmbio, investimentos, seguros e contas-salário

 

 

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