A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou o maior percentual histórico de famílias que relataram estar endividadas. O número é 71,4%, o maior patamar da série histórica iniciada em 2010.
Agravada pelos efeitos econômicos da pandemia da COVID-19, aliada à alta da inflação e a redução do valor pago no auxílio-emergencial neste ano, a crise de inadimplência e superendividamento tem impulsionado a busca por opções para negociação de dívidas e novas soluções para recuperação do crédito.
Segundo recomendação de especialistas, o primeiro foco dos superendividados deve ser uma revisão de todas as dívidas e uma análise objetiva quanto àquelas que podem ser quitadas primeiro.
De acordo com o doutor em Economia e especialista em Finanças, Antônio Carvalho, as dívidas mais antigas, na maioria das vezes, são aquelas que devem ter prioridade. “Na atual situação econômica, muitas empresas tendem a ser flexíveis quanto às alternativas para pagamento de dívidas mais antigas, trazendo possibilidades como o parcelamento a juros menores”, afirma.
O consumidor pode e deve, portanto, aproveitar a maior disposição do mercado à negociação para sanar débitos, aproveitando que hoje existem diversas opções para pessoas que buscam reequilibrar sua situação financeira, como empresas especializadas em negociação, capazes de ajustar a forma de quitação das dívidas à realidade do consumidor, propondo dilatação em prazos de pagamento e amortização de juros.
É preciso também ficar atento a empresas que ofereçam alternativas para a recuperação do crédito e que possibilitem a reestruturação financeira do consumidor. Um exemplo é a fintech BomConsórcio, que devolve a pessoas que, na maior parte das vezes, encontram-se em dificuldades financeiras, o dinheiro investido em cotas de consórcio que tiveram seu pagamento interrompido.
Através da solução, um consorciado desistente pode vender online uma cota cancelada ou ativa, mesmo com parcelas em atraso, e recuperar à vista o dinheiro pago, com taxas justas e sem burocracia.
Embora a modalidade de consórcios seja uma das que mais crescem no país, tendo batido no primeiro semestre de 2021 o recorde histórico de novas adesões com mais de 8 milhões de consorciados ativos, as flutuações da economia fazem com que seja também grande o número de consorciados que precisam desistir em algum momento.