Segundo informação já divulgada pelo agora ex-presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, alertando ao Ministério de Minas e Energia que o Brasil corre o risco de desabastecimento de diesel no início do segundo semestre deste ano, acendeu a luz vermelha junto aos técnicos do governo federal.
Causas
Dentre os principais fatores, está a defasagem do preço do diesel em relação ao mercado internacional, que pode desencorajar a compra do combustível no exterior por importadores privados. O risco de falta de diesel pode ser agravado pelo consumo extra por questões sazonais e circunstanciais, assim, o fato tem como uma das causas a invasão russa à Ucrânia, que encareceu o preço do diesel e ampliou a escassez do produto. Além do que, a queda do real diante do dólar também aumentou o patamar do combustível.
Em suma, os aumentos podem ficar espaçados e com isso, os consumidores continuariam sentindo o alto índice no próprio bolso quanto ao preço e custo-benefício do diesel, e os caminhoneiros, que já reclamavam do preço, agora têm mais um fator de estresse.
Contudo, o Brasil começará a importar combustível em junho. Geralmente, as mercadorias chegam do México em duas ou três semanas. Conforme publicado pela Agência Reuters, A Petrobras já busca alternativas, como fornecedores na África Ocidental ou na Índia, que levarão mais tempo para chegar ao país.