O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, anunciou que a China planeja aumentar sua capacidade de produção de grãos em 50 milhões de toneladas em 2023, além de construir centros de armazenamento em áreas suburbanas para suprimentos de emergência de itens de necessidade diária. Essa iniciativa tem como objetivo reforçar a segurança alimentar da China em meio a riscos geopolíticos elevados, que podem ameaçar a forte dependência do país em relação às importações de grãos para ração animal, como a soja.
Li reiterou a meta de maior capacidade de produção de grãos durante a abertura da reunião anual do parlamento chinês, e destacou a importância das políticas de apoio às principais regiões produtoras de grãos para alcançar essa meta. Além disso, ele enfatizou as responsabilidades do governo local em garantir a segurança alimentar e proteger as terras cultivadas.
Essa iniciativa reflete a preocupação da China com a segurança alimentar, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia de COVID-19 e as tensões comerciais com outros países. A China é o maior consumidor mundial de soja, que é usada principalmente como ração animal, e é fortemente dependente das importações desse produto. A medida também pode ter implicações para os produtores de grãos em outros países, já que a China é um grande importador de produtos agrícolas.
