A Light, empresa que distribui energia elétrica em 31 municípios do Rio de Janeiro, está passando por um momento delicado. Além de ter suas ações afundando cerca de 60% na Bolsa no acumulado do ano, a empresa vem enfrentando problemas financeiros e estruturais. Agora, Octavio Pereira Lopes, diretor-presidente da companhia, renunciou ao cargo e foi substituído por Alexandre Nogueira Ferreira.
No entanto, Pereira Lopes foi eleito para a presidência do conselho de administração da Light e permanece como diretor-presidente da subsidiária Light Energia S.A.
A empresa contratou os serviços da Laplace, conhecida por reestruturar companhias com problemas financeiros, para ajudar a renegociar dívidas. As principais agências de classificação de risco de crédito, Fitch, Moody’s e Standard & Poors, rebaixaram a nota da empresa. Além disso, a Light enfrenta questões estruturais em sua concessão, como um alto índice de furtos de energia, e uma saída de caixa bilionária pela devolução de créditos fiscais aos consumidores de energia.
A saída de caixa e a crise financeira da empresa também geram desconfiança, já que um dos maiores acionistas da Light é o empresário Carlos Alberto Sicupira, acionista de referência nas Americanas, varejista em profunda crise. A renúncia da diretora de geração, comercialização e novos negócios, Alessandra Genu Dutra Amaral, também contribuiu para aumentar a instabilidade na companhia.
Em uma teleconferência em março, Pereira Lopes afirmou que a Light está iniciando conversas com credores para renegociar dívidas e tentando antecipar a renovação do contrato de sua distribuidora. No entanto, ele reconheceu que a empresa enfrenta um cenário desafiador para restabelecer seu equilíbrio econômico-financeiro.









