A economia da cultura e das indústrias criativas no Brasil ganhou destaque em 2020, movimentando mais de R$ 230 bilhões e representando 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo um estudo do Observatório Itaú Cultural. Esse desempenho ultrapassou setores tradicionais, como a indústria automotiva, que representou 2,1% do PIB no mesmo período.
Setores Abrangentes da Economia Criativa
O setor reúne áreas como moda, cinema, rádio, TV, música, software, arquitetura, publicidade, design, artes cênicas e visuais. Também engloba museus e patrimônio cultural, formando um ecossistema diversificado e criativo. Em 2020, essas indústrias empregaram mais de 7,4 milhões de pessoas e somaram mais de 130 mil empresas. Além disso, responderam por 2,4% das exportações líquidas do Brasil, destacando sua relevância econômica e cultural.
Crescimento Acima da Média Nacional
Entre 2012 e 2020, o PIB da economia criativa cresceu 78%, superando o crescimento total da economia brasileira, que foi de 55%. Isso reflete o dinamismo do setor e sua capacidade de se adaptar às transformações econômicas e sociais, como as mudanças nos padrões de consumo durante a pandemia.
Base Metodológica do Estudo
O estudo utilizou uma metodologia inovadora baseada no critério de renda, considerando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc), da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e das Tabelas de Recursos e Uso (TRU) do IBGE. Foram também analisados indicadores como massa salarial e lucros para medir a relevância econômica do setor.
Oportunidades para o Futuro
Leandro Valiati, pesquisador do estudo, destacou o potencial de expansão do setor, que pode gerar mais empregos e renda com o apoio de investimentos e políticas públicas específicas. Segundo ele, o fortalecimento da economia criativa é essencial para impulsionar o desenvolvimento sustentável e diversificar a base econômica do Brasil.