São Paulo, 14 de abril de 2023 – Nesta sexta-feira (14), o dólar encerrou a sessão com desvalorização de 0,23%, cotado a R$ 4,915. A moeda americana acumulou perdas de 2,82% na semana e 6,9% no ano. Já o Ibovespa fechou com queda de 0,17%, aos 106.277 pontos, após uma semana agitada no mercado financeiro.
A desvalorização do dólar está relacionada a dados econômicos dos EUA, como o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e os pedidos de auxílio desemprego, que mostraram sinais de afrouxamento no mercado de trabalho.
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No acumulado da semana, o Ibovespa avançou 5,42%. Entre as ações mais negociadas, Petrobras (PETR4), Itaú (ITUB4) e BB (BBAS3) subiram, enquanto Vale (VALE3) e Assaí (ASAI3) recuaram.
A mudança na perspectiva para a política monetária americana impactou o valor do dólar frente a divisas emergentes. A projeção para os FedFunds no fim do ano caiu de 5,60% para 4,38%, aumentando as apostas de que o Fed pode ser menos duro na alta de juros, favorecendo moedas emergentes.
Os dados de vendas no varejo dos EUA mostraram uma queda maior do que o esperado em março (-1%), sugerindo que a economia perdeu força no final do primeiro trimestre devido às taxas de juros mais altas. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que mais um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros nos EUA pode encerrar o ciclo de aperto monetário, com confiança de que a inflação retornará à meta de 2%.
No Brasil, as taxas de juros elevadas atraem recursos estrangeiros, aproveitando a diferença em relação às economias desenvolvidas. No cenário internacional, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com o presidente da China, buscando maior aproximação entre os países. Fernando Haddad afirmou que estudos de alternativas ao dólar no comércio seguem em andamento.
Investidores repercutiram os dados do setor de serviços no Brasil e de bancos nos Estados Unidos, bem como as expectativas quanto ao ajuste monetário nos EUA. O pregão desta sexta-feira consolidou a semana de volatilidade nos mercados financeiros, com os ativos trocando de sinal várias vezes antes de fechar em queda.
