Conforme relatório publicado na terça-feira (16/05), o Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista com o desempenho do Brasil neste ano e vê a economia doméstica ganhando tração a partir de 2024.
“O aprimoramento da estrutura fiscal do Brasil, a ampliação da base tributária e o combate à rigidez dos gastos apoiariam a sustentabilidade e a credibilidade”, disse a líder de uma missão anual ao país, Ana Corbacho, em um comunicado após a visita do Fundo.
Em março, o Ministério da Fazenda divulgou novas regras fiscais para equilibrar os limites de crescimento dos gastos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu impulsionar os programas sociais e o investimento público.
O arcabouço fiscal limita o crescimento dos gastos a 70% da expansão das receitas nos 12 meses anteriores e também tem como meta um déficit primário zero em 2024, seguido de um superávit primário equivalente a 0,5% do PIB em 2025 e a 1% do PIB em 2026.
No entanto, a equipe do FMI “recomenda um esforço fiscal mais ambicioso, que continue além de 2026, para colocar a dívida em uma trajetória firmemente decrescente, ao mesmo tempo em que protege os gastos sociais e de investimento”, acrescentou Corbacho no comunicado.
O FMI espera que o produto interno bruto (PIB) brasileiro cresça 1,2% em 2023, melhor que a sua estimativa anterior, de alta de 0,9%. Em 2022, a expansão foi de 2,9%. Para 2024, o FMI vê um crescimento maior, mas piorou sua projeção para uma alta de 1,4% ante o aumento anterior de 1,5%.
Corbacho também destacou os esforços do Brasil para “conduzir uma economia sustentável, inclusiva e verde”, combatendo o desmatamento ilegal, por exemplo, e “alavancando a vantagem competitiva em energias renováveis”.