Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (19), a atividade econômica brasileira apresentou crescimento no primeiro trimestre deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou uma alta de 2,41% de janeiro a março em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022), considerando dados dessazonalizados.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, o crescimento foi de 3,87%, sem ajustes para o período, uma vez que a comparação é entre meses equivalentes. No entanto, em março de 2023, o IBC-Br apresentou uma queda de 0,15%, atingindo 147,09 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2022, houve um crescimento de 5,46%.
Desde agosto do ano passado, o IBC-Br vinha registrando quedas, mas em dezembro houve uma alta, seguida de estabilidade em janeiro, aumento em fevereiro e agora uma nova queda em março. No acumulado de 12 meses, o indicador ficou positivo em 3,31%.
O IBC-Br é uma ferramenta utilizada para avaliar a evolução da atividade econômica do país e auxilia o Banco Central nas decisões relacionadas à taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2017. O índice engloba informações sobre o nível de atividade de setores da economia, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos arrecadados.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a taxa básica de juros, busca-se conter a demanda aquecida, o que acaba refletindo nos preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Dessa forma, taxas mais elevadas contribuem para a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia. No entanto, o resultado positivo do IBC-Br no trimestre indica uma recuperação da atividade econômica.
Vale ressaltar que o indicador oficial da economia brasileira é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor referente ao primeiro trimestre de 2023 será divulgado em 1º de junho. O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país.
Em 2022, o PIB do Brasil registrou um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.
