A produção industrial apresentou crescimento em 11 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de março. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta sexta-feira (19), os estados que registraram as maiores altas foram Mato Grosso (9,3%), Amazonas (8,7%) e Pernambuco (8,1%).
No entanto, foi o Rio Grande do Sul, com maior peso da indústria em comparação aos outros três estados com maiores altas, que mais contribuiu para a expansão nacional de 1,1%. O estado apresentou um crescimento de 5,6%. Bernardo Almeida, analista do IBGE, destaca que esse resultado positivo em março ocorre após dois meses consecutivos de resultados negativos. Setores como veículos automotores e derivados do petróleo impulsionaram o desempenho da indústria gaúcha. Além disso, esse avanço também ajudou a recuperar parte da perda acumulada nos dois meses anteriores, que foi de 11,5%.
Outros estados que registraram crescimento de fevereiro para março foram Bahia (5,6%), Pará (4,3%), Ceará (4%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,7%) e São Paulo (0,2%). A única região pesquisada, Nordeste, apresentou um crescimento de 6,8%.
Por outro lado, quatro estados tiveram queda na taxa: Espírito Santo (-1,8%), Santa Catarina (-1,4%), Goiás (-1,4%) e Paraná (-1,3%).
No acumulado de 12 meses, apenas seis locais tiveram alta, enquanto outros nove apresentaram queda na produção industrial.
Além disso, nesta edição da pesquisa, o IBGE divulgou pela primeira vez os resultados para os estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e Maranhão, além dos 15 locais tradicionalmente pesquisados.
Na comparação com março de 2022, foi registrado um crescimento em nove dos 18 locais pesquisados, com destaque para Amazonas (23,5%), Mato Grosso do Sul (8,6%) e Minas Gerais (7,3%). O Rio Grande do Norte teve um crescimento de 1,3% na indústria, enquanto o Maranhão apresentou um avanço de 6,6%.
Por outro lado, nove locais tiveram queda, com destaque para Rio Grande do Sul (-6,5%) e Goiás (-5,3%).
No acumulado do ano, 13 locais registraram queda, incluindo Rio Grande do Sul (-9,2%), Mato Grosso (-7,4%) e Bahia (-5,2%). Em contrapartida, cinco locais tiveram alta, sendo a maior delas no Amazonas (14,8%).