Nesta quinta-feira (22/06), o dólar comercial fechou o dia quase estável, com uma leve alta de 0,09%, cotado a R$ 4,772. Durante a manhã, a moeda norte-americana oscilou em baixa frente ao real, com os investidores reagindo à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, tomada na véspera.
Outras moedas, como a Libra, registraram queda de 0,07% para R$ 6,083, enquanto o Peso Argentino caiu 0,17% para R$ 0,019. O Bitcoin também fechou em baixa de 0,24%, cotada a R$ 143.473,906.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou em queda de 1,23% aos 118.934 pontos, com um volume negociado de R$ 23,3 bilhões. As maiores altas foram VBBR3.SA (+1,76%), ABEV3.SA (+1,37%), e CRFB3.SA (+1,28%). As maiores baixas incluíram EZTC3.SA (-6,33%), ALPA4.SA (-5,32%), e BEEF3.SA (-4,56%).
O ambiente de queda para o dólar foi ofuscado por um cenário externo de aversão ao risco, afetando moedas de países emergentes e exportadores de commodities. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que cortes de juros nos EUA serão adiados até que haja confiança de que a inflação esteja se estabilizando em torno de 2%.
O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o orçamento para o Plano Safra 2023/2024 deverá ultrapassar R$ 400 bilhões.
A arrecadação de impostos e contribuições federais em maio foi de R$ 176,812 bilhões, um aumento real de 2,89% em comparação com o ano anterior.
Fundos de Investimento enfrentaram desafios com saídas líquidas de R$ 11 bilhões entre 12 e 16 de junho, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) foram os mais impactados, registrando R$ 12,2 bilhões em resgates líquidos. Os fundos multimercados apresentaram R$ 3,5 bilhões em saques, enquanto os fundos de renda fixa tiveram captação líquida positiva.
A decisão do Copom de manter a Taxa Selic em 13,75% ao ano gerou críticas de líderes empresariais. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a decisão como equivocada, alegando que a Selic está acima do necessário, impondo riscos à produção e ao consumo. O empresário Geldo Machado, presidente do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil (Sinfac-CE, PI, MA e RN), expressou preocupação com a manutenção da Taxa Selic. Ele enfatizou que a decisão afeta diretamente os empresários, especialmente pequenas e médias empresas, que enfrentam desafios para obter crédito e investir.
O presidente Lula também criticou a política monetária, afirmando que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, “joga contra a economia brasileira”.
O mercado financeiro apresentou um cenário misto. O dólar comercial permaneceu praticamente estável, enquanto o Ibovespa fechou em queda. A decisão do Copom de manter a Taxa Selic gerou preocupações entre os líderes empresariais. Além disso, os fundos de investimento passaram por um período difícil, principalmente os FIDCs e multimercados. Por outro lado, o anúncio do Plano Safra 2023/2024 traz expectativas para o setor agrícola.
As incertezas continuam a pairar sobre o mercado à medida que os investidores avaliam os desenvolvimentos econômicos domésticos e globais.
